Uma empresa russa afirmou ter desenvolvido “biodrones” a

Uma empresa russa afirmou ter desenvolvido “biodrones” a partir de pombos com chips implantados no cérebro que permitem controlar o voo das aves à distância. O anúncio foi divulgado pela agência estatal RIA Novosti na quarta-feira (26).

A empresa Neiry explicou que os “biodrones” são formados por aves reais equipadas com um pequeno chip cerebral e um aparelho preso às costas, conectados a eletrodos implantados que estimulam áreas do cérebro ligadas ao movimento. O operador pode direcionar o pombo para voar em diferentes direções, como virar para a direita ou para a esquerda.

De acordo com a companhia, o equipamento funciona como uma mochila fixada no animal, onde estão o controlador, o estimulador e painéis solares que alimentam o sistema. Segundo a Neiry, os pombos submetidos à cirurgia vivem normalmente após a implantação dos dispositivos.

Além do controle do voo, o aparelho carrega câmeras instaladas abaixo do pescoço da ave para filmagem, com o uso de inteligência artificial para borrar rostos e dados pessoais, seguindo normas locais de privacidade. A empresa justifica o uso desses biodrones especialmente para monitoramento ambiental, industrial e operações de busca.

A diferença apontada entre um biodrone e um animal treinado está na ausência da necessidade do treinamento; com a implantação do chip, o controle ocorre remotamente, segundo relatório da empresa citado pela RIA.

O sistema pode ser adaptado para outras espécies de aves, como corvos, gaivotas e albatrozes, para tarefas específicas como transporte de cargas e monitoramento de áreas costeiras ou marítimas. A Neiry afirma que o custo dos biodrones deve ser semelhante ao de drones convencionais, com a vantagem da maior autonomia por serem animais vivos.

A empresa informou que o projeto ainda está em fase de testes. Além dos biodrones, a Neiry já apresentou outras iniciativas com animais, incluindo uma “rata inteligente” e a implantação de chips em vacas para aumento da produção leiteira.

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Fonte: g1.globo.com