O relator da indicação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal

O relator da indicação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal (STF), senador Weverton Rocha (PDT-MA), deve se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva até segunda-feira (1º) para propor uma agenda de pacificação entre o governo e o Senado, em especial com o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP). A iniciativa ocorre no contexto da tramitação da indicação de Messias ao STF, que enfrenta resistência em parte do Senado.
Na quinta-feira, Weverton se reuniu com Messias e confirmou a intenção de buscar um alinhamento para garantir a aprovação da indicação. O relator, que é vice-líder do governo no Senado, sinalizou um parecer favorável ao nome do atual advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias, para ocupar a vaga no STF.
Senadores consultados afirmam que, apesar do parecer favorável, a aprovação definitiva depende da atuação de Alcolumbre, cujo apoio é considerado crucial para reunir os votos necessários na Casa. A relação entre o governo e o Senado tem se mostrado tensa, e a indicação de Messias escalou o conflito nos bastidores legislativos.
O governo havia tentado adiar o envio oficial da indicação ao Senado, estratégia que não deve alterar o curso dos acontecimentos. Com a nomeação publicada no Diário Oficial da União, o presidente da Casa, Davi Alcolumbre, deve promover a leitura da indicação em plenário. Esse procedimento confirma o início formal da análise do nome de Messias.
O calendário do Senado prevê a sabatina e votação da indicação para 10 de dezembro. O prazo curto preocupa integrantes do governo e do meio jurídico, que apontam a necessidade de mobilização rápida do indicado para apresentar sua trajetória e responder a questionamentos dos senadores.
Em conversas reservadas, Weverton tem destacado a necessidade de evitar derrotas na disputa política que se formou em torno da indicação. Ele alerta que tanto o governo quanto o Congresso sairiam prejudicados caso a decisão se transforme em um impasse prolongado.
O episódio reflete a complexidade das negociações políticas envolvendo indicações a cargos de alta relevância institucional no país. As relações entre poderes e os interesses partidários voltam a ser elementos decisivos na condução dos processos de nomeação no Supremo Tribunal Federal.
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Fonte: g1.globo.com
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