O presidente do concurso Miss Universo, Raúl Rocha

O presidente do concurso Miss Universo, Raúl Rocha Cantú, está sendo investigado pela Fiscalía General de la República (FGR) do México por tráfico de drogas, armas e combustível desde novembro de 2024. A investigação envolve um inquérito por crime organizado e tem como base dados obtidos contra uma pessoa identificada como Raúl “R”, confirmado por um agente federal à Associated Press.
A FGR abriu o processo em meio a uma série de eventos polêmicos na edição de 2025 do Miss Universo, que incluiu insultos públicos contra a vencedora mexicana, renúncias de candidatas e acusações de fraude no júri. Dez dias atrás, treze ordens de prisão foram emitidas contra suspeitos ligados ao caso, entre eles uma funcionária federal, mas até o momento não foram divulgadas suas identidades.
A vencedora do concurso, Fátima Bosch, foi alvo de insultos por parte do executivo tailandês Nawat Itsaragrisil, responsável pela organização em 2025, que a chamou de “estúpida” durante uma transmissão ao vivo por supostamente não divulgar conteúdo suficiente sobre a Tailândia. O incidente gerou repercussão internacional e levou a presidente do México, Claudia Sheinbaum, a expressar apoio à miss.
Além do episódio com Bosch, duas candidatas renunciaram aos seus títulos após a competição. A Costa do Marfim, Olivia Yacé, quinta colocada e rainha continental da África e Oceania, anunciou sua saída alegando manter fidelidade a valores de respeito e dignidade. A Miss Estônia, Brigitta Schaback, também deixou o concurso por discordar da gestão de sua diretoria nacional.
A edição de 2025 teve ainda disputas internas no júri do Miss Universo. O compositor francês Omar Harfouch acusou o concurso de manipulação por suposto voto secreto e ilegítimo, afirmando que a vitória da Miss México seria falsa. A organização negou a acusação. Outro membro do júri, o ex-jogador de futebol Claude Makélélé, desistiu de participar devido a “razões pessoais imprevistas”.
Na parte cultural do evento, a brasileira Gabriela Lacerda chamou atenção ao desfilar com traje representando Nossa Senhora Aparecida, considerada a padroeira do Brasil. A norueguesa Leonora Lysglimt-Rødland usou um vestido em formato de salmão, homenageando o símbolo nacional de seu país, o que atraiu destaque nas redes sociais.
Durante a competição em traje de gala, a miss Jamaica, Gabrielle Henry, sofreu uma queda fora do palco e foi hospitalizada, mas não teve ferimentos graves. A organização Miss Universo Jamaica confirmou que ela recebeu atendimento no hospital Paolo Rangsit, na Tailândia.
Em junho de 2024, antes da polêmica atual, a ex-diretora executiva e co-proprietária da Organização Miss Universo (MUO), Anne Jakrajutatip, renunciou ao cargo após acusações de falsificação financeira envolvendo sua empresa, conforme informou a Reuters.
Até o momento, a Organização Miss Universo não se manifestou oficialmente sobre as investigações contra Raúl Rocha Cantú nem sobre os desdobramentos do concurso marcado por essas controvérsias. A apuração da FGR prossegue com o objetivo de aprofundar as evidências contra as pessoas envolvidas.
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Fonte: g1.globo.com
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Fonte: g1.globo.com