Economia

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta
  • Publishednovembro 27, 2025

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (26) que o crime organizado está utilizando empresas abertas nos Estados Unidos para lavagem de dinheiro e solicitou que o tema seja debatido com o governo norte-americano. A denúncia foi feita em meio a uma operação da Polícia Federal contra o Grupo Refit, ligada a fraudes fiscais.

Segundo Haddad, criminosos abrem empresas em Delaware e fazem empréstimos para esses fundos, que, na avaliação da Receita Federal, não serão pagos. O dinheiro retorna ao Brasil disfarçado de investimento estrangeiro direto, configurando uma triangulação financeira internacional.

O ministro explicou que a operação recente envolveu R$ 1,2 bilhão e que esses recursos saíram do Brasil para se transformar em fundos que voltam como supostos investimentos. “A última operação foi de R$ 1,2 bilhão. Feito simulando um investimento estrangeiro, dinheiro saiu daqui e está voltando para esses fundos”, afirmou.

Haddad disse que pretende iniciar uma frente de trabalho com os Estados Unidos para coibir o uso de paraísos fiscais no esquema de lavagem. Ele ressaltou a importância de ações coordenadas para conter os fluxos ilícitos de dinheiro entre os países.

A declaração do ministro ocorreu na entrada do Ministério da Fazenda, onde comentou a operação da Polícia Federal contra o Grupo Refit, liderado por Ricardo Magro. O grupo é apontado como o maior devedor de ICMS do estado de São Paulo, o segundo maior do Rio de Janeiro e um dos maiores do país.

Haddad reforçou o pedido para que o Congresso Nacional aprove a lei do devedor contumaz, voltada a penalizar quem evita o pagamento de tributos. Segundo ele, essas práticas prejudicam a concorrência e afetam várias empresas.

O ministro argumentou que sem medidas financeiras para asfixiar as organizações criminosas, elas irão se reestruturar rapidamente. “Se não asfixiar financeiramente as organizações criminosas, vai ter uma reposição de mão de obra barata na ponta. É o andar de cima que irriga com bilhões as atividades criminosas”, declarou.

Haddad ainda destacou que R$ 8 bilhões de fundos estão atualmente bloqueados no combate aos crimes financeiros. Ele afirmou que essa é a forma eficaz de combater o crime organizado.

O projeto de lei do devedor contumaz já foi aprovado pelo Senado, mas aguarda votação na Câmara dos Deputados. O ministro defendeu também a continuidade de operações conjuntas entre União, estados e municípios para enfrentar o crime organizado.

A investigação e as medidas anunciadas fazem parte das ações em curso para enfrentar fraudes fiscais e lavagem de dinheiro vinculadas a grandes grupos empresariais no país. A cooperação internacional e o aperfeiçoamento das ferramentas legais são considerados essenciais para o avanço no combate a esses crimes.

Palavras-chave: Fernando Haddad, crime organizado, lavagem de dinheiro, empresas nos EUA, Grupo Refit, Polícia Federal, ICMS, lei do devedor contumaz, Paraná, cooperação internacional, operação contra lavagem de dinheiro, Receita Federal, delaware, investimento estrangeiro.

Fonte: g1.globo.com


Fonte: g1.globo.com

Written By
Caio Marcio

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