O presidente do concurso Miss Universo, Raul Rocha

O presidente do concurso Miss Universo, Raul Rocha Canthu, afirmou que a nacionalidade das candidatas, especificamente o passaporte, é um critério relevante para a escolha da campeã, justificando a derrota da modelo Olivia Yacé, Miss Costa do Marfim, na edição de 2025 realizada em Bangcoc. A declaração foi feita em uma live nesta segunda-feira (24) e causou controvérsia por nunca ter sido um critério oficial.
Segundo Canthu, o passaporte marfinense é alvo de restrições, com 175 países exigindo visto, o que dificultaria a agenda da vencedora durante o ano de reinado. “O trabalho da Miss Universo dura um ano, então, ela seria a Miss Universo que passa um ano inteiro dentro de um apartamento”, afirmou.
Olivia Yacé anunciou sua renúncia ao título, assim como ao título de rainha continental da África e Oceania, devolvendo sua faixa. Em nota, ela declarou que sua decisão é motivada pela busca de respeito, dignidade, excelência e oportunidades igualitárias, destacando seu compromisso em ser uma influência positiva.
Além dela, Brigitta Schaback, Miss Estônia, comunicou sua saída do Miss Universo Estônia, discordando da conduta da diretoria nacional e defendendo seus princípios ligados ao empoderamento feminino. Brigitta tinha demonstrado desconforto após perguntas fora do escopo do concurso.
Organizações nacionais da Costa do Marfim e da França cobraram explicações sobre o processo de votação. A organização Miss France ameaçou não participar da edição de 2026 caso não receba respostas claras, destacando que, ao pagar taxas e representar marcas nacionais, merece transparência.
A edição de 2025 do Miss Universo foi marcada por episódios polêmicos, incluindo insultos e acusações de manipulação. Na transmissão ao vivo de 4 de novembro, o executivo tailandês Nawat Itsaragrisil chamou a Miss México, Fátima Bosch, de “estúpida” por suposta falta de divulgação sobre a Tailândia. O episódio repercutiu internacionalmente e a presidente do México, Claudia Sheinbaum, elogiou a postura de Bosch.
Dois membros do júri desistiram do evento, alegando manipulação. O compositor francês Omar Harfouch denunciou “voto secreto e ilegítimo”, classificando a vitória da Miss México como falsa. A organização do Miss Universo negou as acusações. O ex-jogador Claude Makélélé deixou o júri por “razões pessoais imprevistas”.
A edição também incluiu homenagens culturais. A brasileira Gabriela Lacerda desfilou vestida de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, com traje criado pelo designer Mario Cezar. A norueguesa Leonora Lysglimt-Rødland apresentou fantasia de salmão que viralizou nas redes sociais por seu design que lembra o símbolo nacional da Noruega.
Gabrielle Henry, Miss Jamaica, caiu do palco durante o desfile de gala e foi internada para tratamento no Hospital Paolo Rangsit, em Bangcoc. O presidente Raul Rocha informou que não houve ferimentos graves e que a miss estava sendo bem cuidada.
Em junho, a ex-diretora executiva e co-proprietária da Organização Miss Universo, Anne Jakrajutatip, renunciou após acusações de falsificação de demonstrações financeiras da empresa JKN, segundo informações da Reuters.
As controvérsias na edição de 2025 do Miss Universo incluem críticas à transparência do processo, a interferência de parcerias comerciais e relatos de comportamento inadequado de membros da organização, colocando em questão a credibilidade do concurso neste ano.
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Fonte: g1.globo.com
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Fonte: g1.globo.com