O governo federal registrou um superávit primário de R$ 35,4 bilhões em outubro, informou o Tesouro Nacional nesta quarta-feira (26). O saldo positivo indica que as receitas com tributos e impostos superaram as despesas do governo no mês.
O resultado representa uma queda em relação a outubro de 2023, quando o superávit primário foi de R$ 43 bilhões corrigidos pela inflação. Trata-se do pior desempenho para o mês de outubro desde 2022, quando o superávit acumulado foi de R$ 20 bilhões.
O superávit primário corresponde ao saldo entre receitas e despesas do governo excluindo o pagamento de juros da dívida pública. Ou seja, mede a capacidade do governo de gerar recursos acima dos gastos antes de considerar o custo do endividamento.
Em setembro, a receita líquida do governo, que é o valor arrecadado após as transferências obrigatórias a estados e municípios, subiu 4,5% em termos reais, totalizando R$ 229 bilhões. A alta foi influenciada especialmente pela arrecadação recorde naquele mês, que contou com aumento na receita do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
No entanto, as despesas totais do governo também apresentaram crescimento no mesmo período. Em setembro, os gastos somaram R$ 192,4 bilhões, com uma elevação real de 9,2% em comparação ao mesmo mês do ano anterior.
O aumento das despesas em ritmo superior ao das receitas contribuiu para limitar o superávit primário registrado em outubro. Isso indica um ambiente fiscal mais tenso para o governo nos últimos meses.
Os dados divulgados pelo Tesouro Nacional evidenciam o desafio de equilibrar receitas e gastos públicos em um cenário de aumento dos custos e pressão por manutenção dos serviços públicos.
Com a desaceleração do crescimento do superávit, o governo pode enfrentar maior dificuldade para cumprir metas fiscais estabelecidas para o ano, o que pode afetar a trajetória da dívida pública e a confiança de investidores.
O acompanhamento dos resultados fiscais é fundamental para avaliar a sustentabilidade das contas públicas e para a formulação de políticas econômicas voltadas ao controle do déficit e ao equilíbrio orçamentário.
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Fonte: g1.globo.com
Fonte: g1.globo.com

