O déficit das contas externas brasileiras cresceu 21%

O déficit das contas externas brasileiras cresceu 21% entre janeiro e outubro de 2025, totalizando US$ 62,07 bilhões, informou o Banco Central (BC) nesta terça-feira (25). No mesmo período, o investimento estrangeiro direto no país avançou, alcançando US$ 74,3 bilhões.

Em outubro, o saldo negativo das contas externas foi de US$ 5,12 bilhões, menor que os US$ 7,38 bilhões registrados em outubro de 2024. O resultado em transações correntes reúne informações sobre a balança comercial, serviços adquiridos por brasileiros no exterior e remessas de rendas ao exterior, como juros, lucros e dividendos.

Segundo o BC, o aumento do déficit está relacionado ao crescimento econômico, que eleva a demanda por produtos e serviços importados, ampliando as despesas externas. A balança comercial apresentou superávit de US$ 45,6 bilhões até agosto, abaixo dos US$ 55,6 bilhões do mesmo período de 2024, o que contribuiu para a piora das contas externas.

Em 2024, o déficit em conta corrente somou cerca de US$ 66 bilhões, valor revisado. Para 2025, o Banco Central estimou, em setembro, um rombo de US$ 70 bilhões nas contas externas.

O investimento estrangeiro direto subiu para US$ 74,3 bilhões nos primeiros dez meses de 2025, acima dos US$ 68,3 bilhões de 2024. Este aporte foi suficiente para financiar o déficit de US$ 62 bilhões registrado no mesmo período. Só em outubro, os investimentos somaram US$ 10,9 bilhões, ante US$ 6,7 bilhões em outubro de 2024.

No ano passado, os investimentos estrangeiros diretos totalizaram US$ 74,1 bilhões, valor revisado. A projeção do BC para o ano de 2025 era de US$ 70 bilhões em investimentos estrangeiros diretos.

Os gastos de brasileiros no exterior atingiram US$ 1,91 bilhão em outubro, o maior valor para o mês desde 2014, quando as despesas somaram US$ 2,12 bilhões. No acumulado dos dez primeiros meses de 2025, as despesas chegaram a US$ 18,1 bilhões, também a maior marca para o período desde 2014, quando totalizaram US$ 21,7 bilhões.

A série histórica para os gastos de estrangeiros no Brasil começou em 1995, e o Banco Central segue monitorando o movimento das contas externas para avaliar o impacto no equilíbrio econômico do país.

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Fonte: g1.globo.com


Fonte: g1.globo.com

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