Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira (20) a retirada da tarifa de 40% sobre produtos brasileiros, incluindo carne e café, medida que deve normalizar as exportações de Mato Grosso do Sul ao mercado americano. A decisão, válida retroativamente a partir de 13 de novembro, é resultado de negociações entre os dois governos.
No primeiro semestre de 2025, os EUA foram o segundo maior destino das exportações de Mato Grosso do Sul, atrás apenas da China. O aumento das tarifas no segundo semestre fez com que produtores locais buscassem rotas alternativas para evitar prejuízos, como a exportação via México e a passagem pelo mercado colombiano, no caso do café.
Em julho, frigoríficos sul-mato-grossenses suspenderam a produção destinada aos EUA para evitar acúmulo de estoques diante da dificuldade de comercialização provocada pelas tarifas. A retirada da taxação deve permitir a retomada das vendas no ritmo habitual.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Marcelo Bertone, afirmou que a decisão foi bem recebida pelo setor produtivo. Segundo ele, o impacto foi maior para o café do que para a carne, devido às alternativas adotadas anteriormente. Bertone destacou ainda que a pressão inflacionária nos Estados Unidos contribuiu para a revisão da política comercial.
O governo brasileiro comemorou a medida. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou estar “muito feliz” com o início da redução das tarifas e ressaltou a importância do diálogo para avançar na eliminação das demais taxas sobre produtos brasileiros.
Para o Itamaraty, a decisão representa um avanço importante, especialmente por incluir uma data retroativa vinculada a uma reunião entre representantes dos dois países. Luis Rua, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, classificou a medida como “excelente notícia”, afirmando que o Brasil voltará a competir em condições mais equilibradas no mercado americano, o que contribui para a estabilização dos preços.
Com a retirada das tarifas, os produtores do estado esperam recuperar competitividade e ampliar as exportações aos Estados Unidos, reforçando a importância do mercado americano para a economia sul-mato-grossense. A medida ainda deve repercutir nas negociações futuras entre os dois países para eliminar outras barreiras comerciais.
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Fonte: g1.globo.com
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