Golpistas criaram lojas online falsas que simulam as páginas da Shopee e da Havan para aplicar golpes durante a Black Friday no Brasil. Os sites fraudulentos oferecem produtos com descontos falsos e solicitam pagamentos exclusivamente via PIX para enganar consumidores.
Pesquisadores da empresa de segurança digital ESET identificaram as lojas falsas que reproduzem o visual das marcas originais e chegam a anunciar videogames com valores muito abaixo do mercado. Para pressionar as vítimas, as páginas exibem avisos de urgência, como contagem regressiva e quantidade limitada de produtos.
Os anúncios com links para esses sites são divulgados principalmente em redes sociais, além de e-mails e mensagens SMS. As páginas falsas também solicitam informações pessoais, como nome, e-mail e telefone, durante o processo de compra, aumentando o risco de fraudes futuras.
Dados da empresa Check Point Software apontam um aumento no número de domínios falsos relacionados a grandes varejistas e marketplaces em outubro, com mais de 1.519 novos registros, um crescimento de 24% em relação ao mês anterior.
O pesquisador de segurança da ESET, Daniel Barbosa, explica que os golpistas investem em engenharia social para atrair vítimas, criando URLs e fidelidade visual que se assemelham aos sites oficiais das empresas. O especialista alerta para sinais típicos desses golpes, como preços muito abaixo do mercado e escolha restrita de pagamento.
Especialistas recomendam que os consumidores verifiquem cuidadosamente o endereço do site (URL), que geralmente termina em “.com.br” nas lojas oficiais brasileiras. Uma das URLs falsas da Shopee, por exemplo, continha erro ortográfico no nome “Shope” e terminava em “.app”. É aconselhável acessar as lojas diretamente pelo site oficial ou pelos aplicativos oficiais, evitando clicar em links de anúncios e mensagens suspeitas.
Outro indicativo de fraude é a inconsistência na estrutura dos sites, como ícones de redes sociais que não direcionam a páginas válidas. Além disso, as páginas falsas costumam criar senso de urgência para induzir uma compra rápida, prática que deve ser vista com desconfiança.
Caso o consumidor seja vítima do golpe, deve entrar em contato com o seu banco imediatamente e solicitar o Mecanismo Especial de Devolução (MED) para tentar reverter o pagamento via PIX.
A Black Friday, que tradicionalmente movimenta o comércio, atrai esse tipo de ação de criminosos que se aproveitam do aumento do volume de compras e da expectativa por descontos. Por isso, fica o alerta para redobrar a atenção ao consumir em promoções pela internet.
Os cuidados com a segurança digital incluem evitar o uso de apenas uma forma de pagamento, desconfiar de preços muito baixos e sempre confirmar a legitimidade do site antes de concluir a compra.
Em síntese, os consumidores devem estar atentos a URLs, estrutura visual, mensagens urgentes e condições de pagamento para não serem vítimas dos golpes que aumentaram com a proximidade da Black Friday.
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Fonte: g1.globo.com
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Fonte: g1.globo.com

