A candidata mexicana Fátima Bosch foi coroada Miss

A candidata mexicana Fátima Bosch foi coroada Miss Universo 2025 nesta sexta-feira (20), em Bangcoc, Tailândia, em uma edição marcada por polêmicas envolvendo a organização do evento e momentos que viralizaram nas redes sociais. Bosch venceu após ser insultada publicamente pelo executivo responsável pelo concurso, em um caso que ganhou repercussão internacional.

Durante uma transmissão ao vivo em 4 de novembro, Nawat Itsaragrisil, diretor executivo tailandês da competição, chamou Bosch de “estúpida” por ela não divulgar conteúdos suficientes sobre a Tailândia em suas redes sociais. O episódio gerou manifestações de apoio à mexicana, inclusive da presidente do México, Claudia Sheinbaum. A Organização Miss Universo condenou oficialmente o comportamento do diretor.

Fátima Bosch destacou que o incidente expõe a necessidade de empoderamento feminino na plataforma do Miss Universo. “O mundo precisa ver isso porque somos mulheres empoderadas e esta é uma plataforma para a nossa voz”, afirmou a vencedora aos jornalistas após o ocorrido, que muitos interpretaram como uma motivação extra para sua conquista.

A competição também enfrentou questionamentos sobre a legitimidade da votação. Segundo a agência RFI, dois membros do júri desistiram do evento nesta semana. O compositor francês Omar Harfouch acusou a organização de manipular o resultado e mencionou um “voto secreto e ilegítimo”. Ele publicou no Instagram que a “Miss México é uma vencedora falsa”. A acusação foi negada pela diretoria do concurso.

Outro membro do júri, o ex-jogador da seleção francesa Claude Makélélé, informou nas redes sociais que abandonava a função por “razões pessoais imprevistas”, sem detalhar o motivo. As desistências ampliaram a crise interna no corpo avaliador do Miss Universo.

Entre os destaques da competição preliminar de trajes típicos nacionais, a brasileira Gabriela Lacerda desfilou vestida de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. O vestido tem como objetivo homenagear a fé da candidata e causou repercussão nas redes sociais. O traje foi desenvolvido pelo designer Mario Cezar e reforça uma temática religiosa na participação brasileira.

Na mesma prova, a norueguesa Leonora Lysglimt-Rødland usou uma fantasia que imita um salmão gigante, símbolo nacional da Noruega. O vestido viralizou por revelar, ao ser aberto, o interior do peixe, causando surpresa nos espectadores.

Um incidente preocupou o público durante o desfile em traje de gala. A miss Jamaica, Gabrielle Henry, caiu do palco de forma acidental e foi hospitalizada. A organização local informou que ela foi levada ao Hospital Paolo Rangsit para tratamento, mas não sofreu ferimentos graves. Raul Rocha, presidente do Miss Universo, confirmou que Henry recebeu atendimento adequado e não teve ossos quebrados.

Ainda neste ano, a direção do Miss Universo passou por mudanças significativas. Em junho, Anne Jakrajutatip, ex-diretora executiva e co-proprietária da Organização Miss Universo (MUO), renunciou ao cargo após denúncias de falsificação de demonstrações financeiras envolvendo sua empresa, JKN, conforme noticiado pela Reuters.

A edição 2025 do Miss Universo demonstrou desafios internos e externos à organização, com polêmicas que vão desde ataques pessoais até suspeitas de irregularidades na votação. Apesar dos conflitos, o evento manteve seu cronograma e concluiu a competição com a coroação de Fátima Bosch, cuja vitória ficou marcada pela reivindicação de respeito e posicionamento diante das controvérsias.

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Fonte: g1.globo.com