As ações da The Pinkfong Company, estúdio sul-coreano

As ações da The Pinkfong Company, estúdio sul-coreano criador do vídeo “Baby Shark Dance”, registraram alta de até 60% nesta terça-feira (18), data em que a empresa iniciou sua cotação na Bolsa de Valores de Seul. O aumento ocorreu no primeiro dia de negociação e refletiu o impacto do personagem infantil que se tornou o vídeo mais assistido do YouTube.

“Baby Shark Dance” acumula mais de 16 bilhões de visualizações na plataforma, quase o dobro do segundo vídeo mais assistido, a música “Despacito”. Lançada há quase dez anos, a canção é o principal produto da The Pinkfong Company, que também detém diversas franquias de animação e conteúdo educativo para crianças.

Na abertura do pregão, as ações da empresa foram negociadas a 38 mil wons (aproximadamente 26 dólares ou 138 reais). Durante a sessão da manhã, houve uma valorização inicial de cerca de 17%, seguida por um pico de alta que chegou a 60% antes do fechamento parcial.

Fundada em 2010, a The Pinkfong Company obtém a maior parte de sua receita com a venda de conteúdos digitais e apresentações ao vivo. O estúdio destacou-se no mercado global principalmente devido ao sucesso de “Baby Shark”, que apresenta uma família de tubarões acompanhada por uma melodia repetitiva e marcante voltada para o público infantil.

Em 2024, a empresa reportou receitas de 97,4 bilhões de wons (cerca de 66 milhões de dólares ou 351 milhões de reais), um crescimento de 11% em relação ao ano anterior. O lucro operacional registrado foi de 18,8 bilhões de wons, valor quase quadruplicado em relação a 2023.

A Coreia do Sul, país sede da empresa, é reconhecida como uma potência cultural global, especialmente no setor de entretenimento. O país é berço do grupo musical BTS e também responsável pelo sucesso de séries de streaming como “Round 6” e “Guerreiras do K-pop”, ambas distribuídas pela Netflix.

A estreia na Bolsa de Seul reforça o papel da The Pinkfong Company no mercado global de entretenimento infantil e sua capacidade de monetizar o fenômeno cultural criado em torno do personagem “Baby Shark”. A empresa pretende expandir sua atuação, aproveitando o crescimento da demanda por conteúdo digital para crianças em escala mundial.

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Fonte: g1.globo.com