Economia

A Embrapa desenvolveu na Amazônia um sistema que reduz as

A Embrapa desenvolveu na Amazônia um sistema que reduz as
  • Publishednovembro 20, 2025

A Embrapa desenvolveu na Amazônia um sistema que reduz as emissões de metano provocadas pelo arroto e o pum do gado, principal fonte de gases do efeito estufa na pecuária brasileira. O Sistema Guaxupé, apresentado em 2024, propõe técnicas que aliam sustentabilidade e aumento da produtividade no setor.

O sistema utiliza como base o amendoim forrageiro, uma leguminosa que atua como pasto e fixa nitrogênio no solo, reduzindo a necessidade de fertilizantes químicos. As leguminosas possuem bactérias nas raízes que realizam a fixação desse nutriente, processo conhecido como “adubação verde”. Isso melhora a fertilidade do solo e diminui o uso de agrotóxicos, já que o amendoim forrageiro também dificulta o crescimento de plantas invasoras.

O Sistema Guaxupé se sustenta em quatro pilares: diversificação das espécies forrageiras conforme o tipo de solo, autossuficiência em nitrogênio com o amendoim forrageiro, controle rigoroso de plantas daninhas e manejo adequado do pasto com equilíbrio do volume de gado. A diversificação evita perdas causadas por pragas e doenças, pois diferentes tipos de capim resistem melhor em áreas úmidas ou secas.

Além de reduzir a emissão de metano, o amendoim forrageiro melhora a ruminação do boi, diminuindo a produção do gás que contribui para o aquecimento global. Com menor emissão, a energia gasta pelo animal diminui, o que pode acelerar o ganho de peso e antecipar o abate. Isso gera uma redução dos gases emitidos por quilo de carne produzida.

O Sistema Guaxupé surgiu após produtores do Acre relatarem problemas com a “Síndrome da Morte do Braquiarão”, causada pelo excesso de umidade que prejudica a gramínea mais usada, a braquiária. As leguminosas demonstraram maior resistência em solos úmidos, como os da região amazônica. Por isso, o sistema pode ser aplicado em biomas similares, como a Mata Atlântica, o litoral brasileiro e o Cerrado.

O custo inicial para o produtor pode ser elevado, pois o amendoim forrageiro é pouco comum e exige um tempo maior para se desenvolver. Atualmente, as sementes ainda são raras e a colheita é feita manualmente, o que demanda mais investimento. No entanto, a longo prazo, a redução no uso de herbicidas e fertilizantes pode diminuir os custos e tornar a atividade pecuária mais sustentável.

O manejo correto evita a superlotação das fazendas, fator fundamental para manter a saúde do pasto e evitar a degradação das áreas de criação. O excesso de gado resulta na deterioração das pastagens e aumento das emissões de metano, segundo especialistas da Embrapa.

O avanço de técnicas como o Sistema Guaxupé indica que a pecuária pode contribuir menos para o aquecimento global, conciliando produtividade e práticas ambientais. A aplicação desses métodos ainda depende de adaptação regional e treinamento dos produtores para que os resultados sejam efetivos.

Palavras-chave relacionadas para SEO: pecuária sustentável, emissão de metano, Sistema Guaxupé, amendoim forrageiro, fixação de nitrogênio, gases de efeito estufa, manejo do pasto, aquecimento global, redução de agrotóxicos, sustentabilidade na pecuária.

Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

Written By
Caio Marcio

Leave a Reply