A greve dos pilotos da Latam Airlines no Chile, iniciada

A greve dos pilotos da Latam Airlines no Chile, iniciada na última semana, terminou nesta quarta-feira (19) após um acordo contratual entre a companhia aérea e o sindicato local. A paralisação foi a primeira do tipo em quase 30 anos e provocou cancelamentos generalizados de voos, afetando milhares de passageiros.
A greve ocorreu devido ao impasse nas negociações entre a empresa e o Sindicato de Pilotos da Latam (SPL). A principal reivindicação da categoria era a recomposição dos salários e benefícios cortados em 2020, antes da pandemia de Covid-19. Segundo o sindicato, os pilotos ainda não haviam recuperado suas condições, mesmo com a retomada financeira do grupo.
O novo contrato firmado entre as partes terá validade até o ano de 2028, conforme comunicado divulgado pelo SPL nesta quarta-feira. A Latam Airlines, maior companhia aérea da América do Sul, emprega cerca de 39 mil pessoas e possui uma frota superior a 350 aeronaves.
A decisão pela greve foi tomada em assembleia com a participação de 500 dos 900 pilotos da empresa. Durante a crise causada pela pandemia, os profissionais aceitaram reduzir seus salários pela metade para ajudar a manter as operações diante da paralisação global do setor aéreo.
O sindicato argumentou que, diante dos bons resultados financeiros da Latam, era esperada uma negociação mais colaborativa. O SPL criticou a postura da empresa, afirmando que ela se recusou a restaurar as condições de trabalho perdidas durante o período de reorganização judicial sob o Chapter 11 dos Estados Unidos.
No Brasil, o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) expressou apoio aos pilotos chilenos. A entidade destacou a importância da categoria durante a pandemia para a manutenção da segurança e da operação das companhias aéreas. O SNA ressaltou que um acordo equilibrado deve ser visto como um investimento e reforçou a necessidade de diálogo e respeito ao direito constitucional de greve.
Na semana anterior à finalização da paralisação, a Latam divulgou nota informando as medidas adotadas para amenizar os impactos aos passageiros. Entre as ações estavam a reacomodação em outros voos, a alteração gratuita de datas e o reembolso integral das passagens. A companhia informou que a grande maioria dos passageiros já havia recebido soluções durante o período de suspensão das operações.
Em comunicado, Paulo Miranda, vice-presidente de Clientes do Grupo Latam Airlines, afirmou que o grupo estava empenhado em oferecer as melhores soluções aos passageiros afetados e em manter a conectividade nacional, principalmente para regiões mais dependentes do transporte aéreo.
A empresa recomendou que os passageiros verificassem o status de seus voos pelos canais oficiais, como o site e aplicativo da Latam, para evitar deslocamentos desnecessários ao aeroporto. A companhia reforçou que permanecia aberta ao diálogo com o sindicato, buscando um acordo que colocasse fim à paralisação.
Com o fim da greve, a Latam e o sindicato retomam as operações e o atendimento normal aos passageiros no Chile. O novo contrato promete estabilidade para os próximos anos e pode servir como base para futuras negociações em outros países da região. A normalização das atividades ocorre em meio à retomada do setor aéreo após os impactos da pandemia.
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Fonte: g1.globo.com
Imagem: s2-g1.glbimg.com
Fonte: g1.globo.com