O músico, cantor e compositor Jards Macalé, de

O músico, cantor e compositor Jards Macalé, de 82 anos, morreu nesta segunda-feira (17) no Rio de Janeiro. O velório será realizado nesta terça-feira na Sala Funarte Sidney Miller, no Edifício Gustavo Capanema, no Centro do Rio, e o sepultamento acontecerá no Cemitério São João Batista.

Jards Macalé estava internado desde 1º de maio em um hospital na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, para tratamento de problemas pulmonares. Na segunda-feira, sofreu uma parada cardíaca. A unidade de saúde informou que a causa da morte foi choque séptico e insuficiência renal.

Nascido no Rio em 1943, Jards Anet da Silva iniciou a carreira na década de 1960, com a primeira composição gravada por Elizeth Cardoso em 1964. Conhecido pela postura vanguardista, tornou-se referência na música popular brasileira (MPB), sendo apelidado de “anjo torto” da MPB.

Em 1969, destacou-se no IV Festival Internacional da Canção com a performance de “Gotham City”. Seu álbum de estreia, lançado em 1972, misturava diversos gêneros como rock, samba, jazz e baião, consolidando seu estilo híbrido.

Macalé é autor de músicas como “Vapor Barato”, “Hotel das Estrelas”, “Anjo Exterminado” e “Mal Secreto”, que foram interpretadas por artistas como Gal Costa, Maria Bethânia e O Rappa. Em publicação nas redes sociais, Maria Bethânia manifestou pesar pela morte do músico.

Durante o exílio político, Jards Macalé atuou ao lado de Caetano Veloso, Gilberto Gil e Jorge Mautner em Londres, onde dirigiu a direção musical do álbum “Transa”, de Caetano. Caetano Veloso destacou Macalé como seu primeiro amigo carioca na música e ressaltou a importância do músico para a obra.

Ao longo de mais de 60 anos, Jards Macalé explorou diferentes gêneros musicais, como bossa nova, rock, samba, blues e choro, combinando sua formação erudita com uma voz e um violão característicos. Manteve coerência artística durante toda a carreira.

Além da música, atuou em cinema, teatro, televisão e artes plásticas. Participou dos filmes “O Amuleto de Ogum” e “Tenda dos Milagres”, de Nelson Pereira dos Santos, e colaborou nas trilhas de “Macunaíma”, de Joaquim Pedro de Andrade, e “O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro”, de Glauber Rocha.

Mesmo com décadas de carreira, continuou ativo, lançando o álbum “Besta Fera” em 2019. Sua trajetória foi tema de documentário que resgata sua contribuição para a cultura brasileira.

O velório de Jards Macalé começa às 9h na Funarte Sidney Miller, seguindo para o sepultamento no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.

Palavras-chave relacionadas: Jards Macalé, MPB, música popular brasileira, compositor, cantor, Rio de Janeiro, Velório Jards Macalé, Vapor Barato, Música brasileira, Transa Caetano Veloso, direção musical, MPB anos 60, Baião, Samba, Jazz, Rock brasileiro, Cinema brasileiro, Cultura brasileira, Cemitério São João Batista.

Fonte: g1.globo.com


Fonte: g1.globo.com

Sair da versão mobile