Economia

O dólar abriu nesta terça-feira (18) com o mercado financeir

O dólar abriu nesta terça-feira (18) com o mercado financeir
  • Publishednovembro 18, 2025

O dólar abriu nesta terça-feira (18) com o mercado financeiro atento à liquidação extrajudicial do Banco Master pelo Banco Central (BC) e à prisão do presidente da instituição, Daniel Vorcaro, pela Polícia Federal. A decisão e a operação policial geram impactos diretos nas negociações cambiais e financeiras em São Paulo.

O BC colocou o Banco Master sob administração especial temporária por 120 dias e decretou a liquidação extrajudicial do conglomerado, após avaliar propostas de compra recentes e rejeitar uma aquisição anterior pelo Banco de Brasília. A Polícia Federal cumpriu mandados de prisão e busca relacionados a supostas irregularidades na instituição, com ação simultânea em cinco estados e no Distrito Federal.

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, iniciou as negociações por volta das 10h, acompanhando o contexto de incerteza gerado pelas notícias. Às 10h15, a Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre) divulgou o Monitor do PIB referente a setembro, mostrando uma retração de 0,9% na atividade econômica do terceiro trimestre.

O mercado de câmbio acumula alta de 0,66% na semana, apesar de recuo de 0,90% no mês e queda de 13,73% no ano, enquanto o Ibovespa apresenta leve baixa semanal de 0,47%, valorização mensal de 4,98% e avanço anual de 30,52%. O panorama reflete a volatilidade provocada por fatores internos e externos.

No âmbito macroeconômico, o Banco Central divulgou o boletim Focus com projeções revisadas para inflação e crescimento do PIB nos próximos anos. As expectativas indicam cumprimento da meta de inflação para 2025, com índice estimado em 4,46%, abaixo do limite oficial. A previsão para o crescimento do PIB em 2025 se mantém em 2,16%.

O BC mantém a taxa básica de juros em 15% ao ano para 2025, com projeção de redução para 12,25% em 2026. A estimativa para o dólar ao final de 2025 foi ajustada levemente para R$ 5,40, enquanto a de 2026 permanece em R$ 5,50.

O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), considerado prévia do PIB, indicou queda de 0,9% no terceiro trimestre, o primeiro recuo trimestral em dois anos, resultado que reforça a estratégia do BC para conter pressões inflacionárias. Em ata recente, o BC destacou que a economia ainda opera acima do potencial, sem provocar pressão adicional nos preços.

No cenário internacional, o vice-presidente do Federal Reserve, Philip Jefferson, recomendou cautela na redução das taxas de juros nos Estados Unidos, citando a necessidade de garantir que a política monetária não acelere a inflação. Ele também comentou sobre o ritmo moderado do emprego, influenciado por incertezas econômicas e avanços tecnológicos.

Dados divulgados apontam que os gastos com construção nos EUA aumentaram 0,2% em agosto, totalizando US$ 2,17 trilhões, apesar da queda anual de 1,6%. O segmento privado registrou alta, com destaque para a construção residencial, enquanto a construção pública permaneceu estável.

As bolsas globais fecharam em baixa na Europa e Ásia, impactadas por tensões geopolíticas e dúvidas sobre o efeito da inteligência artificial no crescimento econômico. Em Wall Street, os principais índices abriram a semana em queda, reagindo também ao retorno dos dados econômicos oficiais após paralisação governamental.

No Japão, China, Hong Kong e outras regiões asiáticas, os índices apresentaram resultados mistos, com influência das declarações sobre riscos militares envolvendo Taiwan. A volatilidade nesses mercados refletiu as preocupações de investidores com estabilidade regional e impactos econômicos globais.

Assim, o mercado financeiro brasileiro e internacional permanece sensível às decisões regulatórias, eventos judiciais e dados econômicos recentes, com efeitos diretos nas cotações do dólar e no andamento das bolsas.

Palavras-chave: dólar, Banco Master, Daniel Vorcaro, liquidação extrajudicial, Banco Central, Ibovespa, Polícia Federal, PIB, inflação, taxa de juros, Federal Reserve, gastos com construção, bolsas globais, mercado financeiro, economia brasileira.

Fonte: g1.globo.com


Fonte: g1.globo.com

Written By
Caio Marcio

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