Pop & Arte

O corpo do músico, cantor e compositor Jards

O corpo do músico, cantor e compositor Jards
  • Publishednovembro 18, 2025

O corpo do músico, cantor e compositor Jards Macalé, morto na segunda-feira (17) aos 82 anos, está sendo velado na Sala Funarte Sidney Miller, no Edifício Gustavo Capanema, no Centro do Rio de Janeiro. O enterro será realizado no Cemitério São João Batista, em Botafogo, Zona Sul da cidade.

Macalé estava internado desde 1º de maio em um hospital na Barra da Tijuca, onde tratava de problemas pulmonares. Na segunda-feira, sofreu uma parada cardíaca. A unidade de saúde informou que a causa da morte foi choque séptico e insuficiência renal.

Nascido no Rio de Janeiro em 1943, Jards Anet da Silva iniciou sua carreira nos anos 1960. Sua primeira composição gravada foi em 1964, pela cantora Elizeth Cardoso. Conhecido por sua postura vanguardista e resistência aos padrões comerciais, ele passou a ser chamado de “anjo torto” da Música Popular Brasileira (MPB).

Em 1969, Macalé ganhou destaque com a performance da música “Gotham City” no IV Festival Internacional da Canção. Lançou seu álbum de estreia em 1972, intitulado simplesmente Jards Macalé, que mesclava rock, samba, jazz, blues, baião e canção. Entre suas composições mais importantes estão “Hotel das Estrelas”, “Anjo Exterminado”, “Mal Secreto” e “Vapor Barato”, músicas interpretadas também por artistas como Gal Costa, Maria Bethânia e O Rappa.

Maria Bethânia manifestou pesar pela morte do músico em rede social, afirmando que ele fará falta. Caetano Veloso, que divide com Macalé parte da história do tropicalismo, também se manifestou, ressaltando a importância do artista em sua carreira e no cenário musical do país. Ele relembrou que Macalé foi seu primeiro amigo carioca da música e colaborou na direção musical do álbum “Transa”, lançado em Londres.

Ao longo de seis décadas de trajetória, Jards Macalé manteve sua coerência artística e explorou diferentes gêneros musicais, como bossa nova, rock, blues, samba e choro. Ele teve formação erudita e foi reconhecido por sua voz singular e pelo estilo próprio de tocar violão.

Além da música, Macalé atuou em outras artes, como cinema, teatro e artes plásticas. Participou dos filmes “O Amuleto de Ogum” e “Tenda dos Milagres”, dirigidos por Nelson Pereira dos Santos. Também integrou trilhas sonoras de obras do cinema brasileiro, como “Macunaíma” e “O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro”.

Mesmo próximo aos 80 anos, ele continuava ativo no cenário cultural. Lançou em 2019 o álbum “Besta Fera”, que recebeu destaque por sua qualidade e relevância. Documentários recentes também retrataram sua vida e obra, fortalecendo seu legado na música brasileira.

O velório e o sepultamento de Jards Macalé marcam o encerramento da trajetória de um artista que influenciou gerações e deixou contribuições importantes para a cultura nacional. A cerimônia ocorre em espaço público no Rio de Janeiro, onde sua obra sempre teve forte ligação.

Palavras-chave relacionadas para SEO: Jards Macalé, MPB, músico brasileiro, velório Jards Macalé, Cemitério São João Batista, Rio de Janeiro, música popular brasileira, Tropicalismo, álbum Jards Macalé, Caetano Veloso, Maria Bethânia, João do Rio, cinema brasileiro, cultura brasileira.

Fonte: g1.globo.com


Fonte: g1.globo.com

Written By
Vitor Souza

Leave a Reply