O CEO da Google, Sundar Pichai, afirmou em entrevista à BBC nesta terça-feira (18) que nenhuma empresa estaria imune caso a bolha da Inteligência Artificial (IA) estoure, apesar da capacidade da Google de resistir a esse impacto. Pichai destacou o crescimento acelerado dos investimentos em IA e alertou para a necessidade de cautela diante da euforia em torno da tecnologia.
Durante a entrevista, Pichai afirmou que o atual momento é marcado por um “momento extraordinário” de expansão da IA, mas pontuou que há “alguma irracionalidade” nessa euforia, o que pode gerar riscos ao mercado. Ele comparou a situação com o investimento excessivo registrado na revolução da internet, ressaltando que, apesar das bolhas, o impacto da internet foi definitivo.
O executivo explicou que, mesmo que a Google tenha capacidade para resistir a uma eventual crise, outras empresas em todo o mundo também seriam afetadas pela queda do mercado de IA. “Acho que nenhuma empresa estaria imune, incluindo nós”, afirmou.
Pichai também alertou sobre a confiabilidade das ferramentas de IA, incluindo o chatbot Gemini, desenvolvido pela Google, e o ChatGPT, da OpenAI. Ele ressaltou que esses sistemas são suscetíveis a erros, como as chamadas “alucinações” — respostas incorretas ou imprecisas — e que os usuários devem verificar as informações fornecidas por essas plataformas. Segundo o CEO, a Google complementa essa oferta com ferramentas tradicionais de busca que fornecem informações mais fundamentadas.
A entrevista também abordou a questão da demanda energética crescente para manter a infraestrutura necessária à expansão da IA. Pichai mencionou investimentos globais em fontes de energia renováveis, como a solar, e declarou otimismo quanto à capacidade de expansão das energias limpas para sustentar o crescimento da tecnologia.
A preocupação ambiental em relação ao funcionamento das tecnologias de IA ganhou destaque recentemente, especialmente pela expansão dos datacenters. Uma pesquisa realizada na Califórnia em 2024 apontou que o uso de modelos de IA para realizar entre 20 e 50 perguntas pode consumir cerca de meio litro de água potável, evidenciando os desafios na sustentabilidade dessas operações.
O debate sobre a bolha da IA e seus impactos acontece em um momento em que habilidades relacionadas à inteligência artificial, análise de dados e negociação estratégica ganham relevância no mercado de trabalho. A expansão do uso da IA já refletem nos setores econômicos, como indicado por pesquisas recentes sobre o crescimento da adoção dessas tecnologias na indústria.
Em resumo, a opinião do CEO da Google destaca a necessidade de equilíbrio entre inovação e cautela no avanço da inteligência artificial. Ele enfatiza que, embora a tecnologia tenha potencial para transformar a sociedade, riscos associados à sua expansão rápida e à intensa especulação financeira não devem ser ignorados.
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Fonte: g1.globo.com
Fonte: g1.globo.com

