O álbum *Orin Dudu – Cânticos negros* reúne gravações inédit

O álbum *Orin Dudu – Cânticos negros* reúne gravações inéditas de cânticos tradicionais do Candomblé, extraídos de sete terreiros do Rio de Janeiro, e será lançado no Dia da Consciência Negra, 20 de novembro. O projeto busca preservar e divulgar a musicalidade das raízes afro-brasileiras por meio de arranjos inéditos que combinam atabaques, sopros, cordas e piano.

Os repertórios foram pesquisados e registrados em gravações feitas com personalidades tradicionais do Candomblé, como Mam’etu Mabeji, do terreiro Bate Folha, e outros líderes religiosos. Entre os cânticos, está “Como xauerá”, de Nkosi (orixá Ogum na tradição Muxicongo), interpretado por Mam’etu Mabeji.

A direção musical ficou a cargo de Kiko Horta e Luís Filipe de Lima, que desenvolveram versões modernas para as cantigas, respeitando a base da tríade dos atabaques (rum, rumpi e lé). Em algumas faixas, foram incorporados instrumentos de sopro, cordas e piano para enriquecer as texturas sonoras.

Outros solistas presentes no álbum são Pai Zezito de Oxum, Yá Wanda de Omolu, babalorixá Adailton Moreira e a ekédi Tauana dos Santos, cada um responsável por um cântico ligado a seus respectivos orixás e tradições. A cantora Alcinéia Martins, fundadora do bloco afro Agbara Dudu e iniciada no Candomblé, também participa com a cantiga de Oxóssi da tradição do Gantois.

Os atabaques foram executados pelos ogãs Brazzaville Aragão, Bernardo Alcântara e Vinicius Marçal, do Ilê Asé Egi Omin, presentes em cinco das sete faixas. O grupo vocal Equale colaborou em três faixas, incluindo “Moiô moiô”, cantiga de Oxum do repertório do ogã Luiz Bangbala.

O álbum conecta a cultura do Candomblé com arranjos contemporâneos, evidenciando a riqueza dos cânticos religiosos em uma produção que valoriza a tradição e amplia a percepção sobre a diversidade sonora afro-brasileira. A iniciativa também marcou uma homenagem ao Dia da Consciência Negra, reforçando a importância da preservação cultural e do reconhecimento das religiões de matriz africana.

Orin Dudu será lançado pela gravadora Biscoito Fino, que tradicionalmente investe em projetos que dialogam com a cultura brasileira. As gravações inéditas oferecem uma oportunidade para a música do Candomblé alcançar um público mais amplo, promovendo o respeito e o entendimento das expressões religiosas afro-brasileiras.

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Fonte: g1.globo.com


Fonte: g1.globo.com

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