A Meta venceu na terça-feira (18) um processo movido pelo

A Meta venceu na terça-feira (18) um processo movido pelo governo dos Estados Unidos que tentava reverter as aquisições do Instagram e do WhatsApp, realizadas na década passada. O juiz federal James Boasberg decidiu que a empresa não detém monopólio em redes sociais, rejeitando os argumentos da Comissão Federal de Comércio (FTC).
A ação da FTC, iniciada em 2020, buscava forçar a Meta a se reestruturar ou vender as duas plataformas para garantir maior concorrência no mercado norte-americano de redes sociais. A agência afirmava que as aquisições eliminavam rivais e prejudicavam a competição, alegando que a Meta gastou bilhões para dominar o setor.
O Facebook comprou o Instagram em 2012 e o WhatsApp em 2014. Na época, a FTC não bloqueou os negócios, mas passou a investigar a empresa anos depois, alegando que o grupo controlava a maior parte das plataformas usadas para compartilhamento de conteúdo entre amigos e familiares nos Estados Unidos.
A FTC sustentava que os concorrentes diretos da Meta seriam o Snapchat e o MeWe, aplicativo de mídia social focado em privacidade lançado em 2016. Ela destacou que outras plataformas como X (antigo Twitter), TikTok, YouTube e Reddit atuam em nichos diferentes, com públicos que compartilham conteúdo para estranhos baseados em interesses.
Durante o julgamento em abril, a FTC apresentou declarações internas da empresa, incluindo um e-mail de 2008 no qual o CEO Mark Zuckerberg afirmava que “é melhor comprar do que competir”. A agência argumentava que isso comprovaria a intenção da Meta de eliminar rivais pela aquisição.
Por sua vez, a Meta contestou os fatos, afirmando que o processo ignorava a pressão competitiva de novos concorrentes, como TikTok, YouTube e o aplicativo de mensagens da Apple. A empresa também defendeu sua estratégia de negócios, alegando que comprar plataformas que oferecem novos recursos é prática comum e válida no mercado.
O juiz James Boasberg aceitou a maior parte dos argumentos da Meta, ressaltando que o cenário das redes sociais mudou significativamente nos últimos anos. Segundo ele, a estrutura do mercado atual difere da época em que o Facebook era usado principalmente para atualizações pessoais, o que impacta a avaliação de monopólio.
Após a decisão, a Meta declarou que seus produtos beneficiam pessoas e negócios, exemplificando a inovação e o crescimento econômico dos Estados Unidos. A empresa afirmou que pretende continuar investindo e mantendo parceria com o governo americano.
A FTC, questionada pela agência Reuters, não respondeu imediatamente ao pedido de comentário sobre a sentença. No pregão da tarde, as ações da Meta tiveram leve recuperação, reduzindo perdas para queda de 0,3%, cotadas a US$ 600,37.
A decisão marca a primeira vitória importante das grandes empresas de tecnologia na disputa antitruste conduzida pela FTC, processo que também envolve outras companhias como a Amazon. O resultado pode influenciar futuras ações regulatórias e a forma como aquisições no setor digital são analisadas.
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Fonte: g1.globo.com
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