O Banco Central (BC) anunciou nesta segunda-feira (17)

O Banco Central (BC) anunciou nesta segunda-feira (17) que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), prévia do Produto Interno Bruto (PIB), caiu 0,9% no terceiro trimestre de 2025 em relação ao segundo trimestre do ano, marcando a primeira retração trimestral em dois anos. A queda, calculada após ajuste sazonal, indica desaceleração da economia brasileira neste período.
O IBC-Br mede a atividade econômica com base em dados da agropecuária, indústria, serviços e impostos, mas não considera a demanda, diferentemente do cálculo oficial do PIB divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que será divulgado em 4 de dezembro.
A última redução trimestral do IBC-Br ocorreu no terceiro trimestre de 2023, com recuo de 0,5%. A queda atual de 0,9% mostra uma contração mais acentuada, sinalizando moderação da atividade econômica conforme esperado pelo Banco Central.
O PIB representa a soma dos bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Quando o PIB diminui, significa que a produção, consumo e investimentos totais no país também caem. Entretanto, crescimento do PIB nem sempre reflete melhorias no bem-estar social.
A desaceleração da economia faz parte da estratégia do Banco Central para controlar a inflação, que busca manter a taxa anual próxima da meta de 3%. Para isso, o principal instrumento utilizado é a taxa básica de juros, atualmente em 15% ao ano, o maior patamar dos últimos 20 anos.
Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Central destacou que a moderação gradual da atividade econômica tem contribuído para a redução da inflação corrente e das expectativas inflacionárias. O documento também apontou que o “hiato do produto” permanece positivo, indicando que a economia está operando acima do seu potencial de crescimento sem pressionar a inflação.
Com este cenário, o mercado financeiro projeta crescimento de 2,16% para o PIB em 2025, menor que os 3,4% registrados em 2024. O Banco Central, por sua vez, estima expansão de 2% para o ano.
O IBC-Br é uma das principais referências adotadas pelo Banco Central para a tomada de decisões sobre a taxa Selic. A redução na atividade econômica pode diminuir pressões inflacionárias, influenciando uma possível manutenção ou revisão da política de juros.
A divulgação do indicador reforça o acompanhamento contínuo da economia brasileira e seus desafios no controle da inflação e no estímulo ao crescimento sustentável, principalmente diante da elevação dos juros e das incertezas globais.
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Fonte: g1.globo.com
Fonte: g1.globo.com