Estrelas da música como Dua Lipa e a banda Coldplay enviaram, nesta quinta-feira (13), uma carta aberta ao governo trabalhista do Reino Unido solicitando a fixação de um limite para os preços de revenda de ingressos em plataformas online. A iniciativa busca controlar a prática de revenda a valores elevados, que afeta o acesso do público aos eventos.
Os artistas afirmam que revendedores compram grandes quantidades de ingressos para revendê-los a preços muito acima dos valores originais. Eles ressaltam que essa prática prejudica a confiança no setor de entretenimento ao vivo e dificulta o trabalho de artistas e organizadores para manter os shows acessíveis.
A carta, assinada por nomes como Radiohead, Sam Fender, Robert Smith (The Cure), Iron Maiden, PJ Harvey, New Order e Mark Knopfler, é endossada por associações de consumidores e entidades do setor. Eles pedem a imposição de um teto para os valores de revenda, visando democratizar o acesso do público aos eventos.
Um estudo da associação de proteção ao consumidor “Which?” apontou que ingressos para o show do Oasis, marcado para este ano no estádio de Wembley, foram oferecidos a preços que chegaram a 4.442 libras, aproximadamente R$ 30,8 mil na cotação atual.
Em janeiro deste ano, o governo britânico iniciou uma consulta pública sobre o tema, após reclamações de fãs e setores envolvidos. As medidas propostas incluem um limite para a margem de preço na revenda, entre 0% e 30% do preço inicial do ingresso, e o controle rigoroso do número de ingressos disponíveis para revendedores.
Apesar dessas iniciativas, os artistas destacam que nenhuma medida concreta foi adotada até o momento. Eles lembram que o partido trabalhista havia incluído no programa da campanha de 2024 o compromisso de agir contra a revenda abusiva.
Em resposta, um porta-voz do Ministério da Cultura declarou à BBC que o governo permanece empenhado no combate à revenda ilegal e que um plano de ação será anunciado em breve.
Por outro lado, plataformas como Viagogo e StubHub argumentam que a fixação de limites para revenda poderia incentivar o uso de sites não regulamentados, elevando o risco de fraudes para os consumidores.
O problema da revenda de ingressos a preços abusivos não é exclusivo do Reino Unido. Em 2021, a Irlanda adotou uma legislação que proíbe a revenda de ingressos para eventos esportivos e shows a preços superiores ao original.
O debate sobre o tema ganha força em meio à insatisfação dos fãs e artistas, que buscam soluções para tornar os eventos de entretenimento ao vivo mais acessíveis e evitar a especulação.
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Fonte: g1.globo.com
Fonte: g1.globo.com

