O dólar abriu em queda nesta quarta-feira (12)

O dólar abriu em queda nesta quarta-feira (12), negociado a R$ 5,27 por volta das 9h05, atingindo o menor nível desde junho de 2024. A desvalorização ocorre em meio à expectativa pela votação na Câmara dos EUA para retomar o financiamento do governo federal, o que pode encerrar o shutdown que está no 42º dia.
Nos Estados Unidos, a Câmara dos Representantes deve votar hoje um acordo que garante o funcionamento das agências federais até janeiro de 2026. O presidente Donald Trump já sinalizou que sancionará o projeto assim que aprovado, o que pode colocar fim à paralisação do governo iniciada por falta de verba aprovada pelo Congresso.
No Brasil, o destaque fica por conta da divulgação da Pesquisa Mensal de Serviços pelo IBGE, às 9h, que é acompanhada pelos investidores como um indicador importante para o desempenho do PIB. As declarações do Banco Central também chamam a atenção: às 10h, o presidente Gabriel Galípolo e diretores participam de coletiva para comentar a política monetária e o possível início de cortes na taxa básica de juros.
A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na terça-feira (11), indicou que a maior convicção do Banco Central é de que a atual taxa Selic em 15% ao ano pode ser suficiente para controlar a inflação, embora não haja definição sobre quando começarão os cortes dos juros. O Copom mantém entendimento de que a inflação está pressionada pela demanda, exigindo uma política monetária contracionista por período prolongado.
Os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro indicam um aumento de 0,09%, abaixo das projeções do mercado. A desaceleração em relação a setembro, quando o IPCA ficou em 0,48%, é explicada principalmente pela queda na energia elétrica residencial, que reduziu o impacto dos custos habitacionais.
Enquanto isso, a paralisação do governo americano provoca efeitos em serviços públicos e na aviação, com mais de mil voos cancelados na terça-feira. Programas federais como o de Assistência Nutricional Suplementar (SNAP) enfrentam interrupções, afetando beneficiários em diversos estados.
No mercado internacional, as bolsas em Wall Street fecharam sem direção definida, com investidores cautelosos diante da valorização das ações de tecnologia e da incerteza sobre o fim do shutdown. O índice Dow Jones atingiu novo recorde, impulsionado pelo avanço de 1,18%, enquanto o Nasdaq recuou. Na Europa, os principais índices fecharam em alta, impulsionados por balanços corporativos e a expectativa de normalização na administração pública dos EUA.
Já na Ásia, os mercados fecharam mistos. A China apresentou realização de lucros em meio à ausência de novos estímulos econômicos, apesar das projeções de crescimento para 2026. O setor de tecnologia e automóveis elétricos movimentou as bolsas na região, com destaque para a valorização da fabricante Xpeng, após anúncio de novos modelos de robotáxis.
No Brasil, o Ibovespa ainda não tinha aberto às 10h, mas apresenta acumulado positivo na semana e no mês, acompanhando o movimento global e a estabilidade no mercado doméstico de juros e inflação. O ambiente permanece sensível às decisões do Banco Central e aos resultados econômicos divulgados.
O cenário global com a possível resolução do impasse nos Estados Unidos e a sinalização do Banco Central brasileiro sobre a política monetária influenciam o câmbio e os investimentos no mercado local. A taxa do dólar em queda reflete o otimismo dos investidores quanto à retomada do funcionamento pleno do governo americano e à perspectiva de manutenção e possível redução futura dos juros no Brasil.
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Fonte: g1.globo.com
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