As importações de café brasileiro pelos Estados Unidos

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As importações de café brasileiro pelos Estados Unidos caíram 51,5% entre agosto e outubro de 2025, em comparação ao mesmo período de 2024, devido à imposição de tarifas de 50% sobre o produto, segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). A redução ocorre em meio a negociações para possível isenção dessas tarifas por parte do governo americano.

No acumulado dos três meses, os Estados Unidos compraram 983.970 sacas de 60 kg, contra mais de dois milhões no ano anterior. O presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, informou que as cargas embarcadas atualmente são frutos de contratos antigos, já que a taxação torna inviável o envio do café brasileiro para o país.

Ferreira alertou que a continuidade das tarifas pode alterar o perfil do consumo norte-americano, incentivando a fabricação de blends sem o grão brasileiro, o que dificultaria a retomada do mercado. De janeiro a outubro de 2025, as importações americanas tiveram queda de 28,1%, somando 4,7 milhões de sacas. Mesmo assim, os EUA permanecem o principal destino do café brasileiro, responsável por 14,2% das exportações.

O Cecafé comunicou que representantes da indústria de café dos EUA informaram que a Casa Branca analisa a retirada das tarifas em função da necessidade do produto e do aumento dos preços domésticos. A decisão, porém, depende de “sinalização positiva” do Palácio do Planalto quanto às condições negociadas.

Na terça-feira (11), o presidente Donald Trump afirmou que pretende reduzir “algumas tarifas” sobre importações de café, sem especificar países, conforme notícia da agência Reuters. Atualmente, o café brasileiro está incluído na seção 3 da ordem executiva que estabeleceu as tarifas, categoria que abrange recursos não produzidos internamente. Para a eliminação das taxas, é necessário um acordo bilateral entre Brasil e Estados Unidos. O Cecafé trabalha para realocar o produto para a seção 2, que permite importação sem tarifa.

Além da queda nas importações americanas, as exportações totais de café do Brasil recuaram 20% em outubro de 2025 na comparação com outubro de 2024, com quatro milhões de sacas vendidas ante cinco milhões. Apesar do volume menor, a receita aumentou 12,6%, alcançando US$ 1,6 bilhão.

No acumulado do ano até outubro, a redução no volume exportado foi de 20,3%, enquanto a receita cresceu 27,6%, chegando a US$ 12,7 bilhões, contra US$ 9,9 bilhões em 2024. Márcio Ferreira destacou que, além das tarifas, a queda nas exportações está relacionada à menor safra produtiva e à infraestrutura portuária deficiente que dificulta o embarque.

Outro fator que impactou as vendas foi a alta das cotações do café no mercado internacional, que pode ter influenciado a redução na quantidade exportada.

A Alemanha, segundo maior comprador do café brasileiro, diminuiu importações em 35,4% entre janeiro e outubro. A Itália reduziu 19,7%, enquanto o Japão aumentou suas compras em 18,5%. A Bélgica registrou queda de 47,5% no mesmo período.

A situação das exportações brasileiras de café permanece sob influência de fatores comerciais e logísticos. A expectativa do setor está na possibilidade de acordo bilateral que permita a redução ou isenção das tarifas nos EUA, visando a recuperação do mercado norte-americano, que é estratégico para o produto brasileiro.

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Fonte: g1.globo.com

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Fonte: g1.globo.com

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