O plantio da segunda safra de milho avança no interior

O plantio da segunda safra de milho avança no interior do estado de São Paulo com a chegada das chuvas, depois de um atraso causado pela estiagem. A retomada dos trabalhos acontece desde o fim de agosto em propriedades que adotam sistemas específicos para viabilizar o cultivo em condições climáticas desfavoráveis.

Em uma das fazendas, o plantio começou ainda no fim de agosto, mesmo sem o volume ideal de chuva, graças à metodologia aplicada na lavoura. A estiagem impediu o início das atividades no período inicialmente previsto, que era setembro. Com a melhora do tempo, os produtores têm aproveitado os intervalos de chuva para acelerar o processo em uma área de 220 hectares.

Antes do cultivo atual, essa área foi utilizada para o plantio de crotalária e braquiária, prática adotada para a recuperação do solo após o cultivo de soja. Essas estratégias objetivam aumentar a produtividade e preservar as condições do terreno para a safra de milho.

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção da segunda safra de milho em São Paulo deve crescer 13% em relação à safra anterior, alcançando mais de 1,8 milhão de toneladas. O aumento é atribuído à recuperação das chuvas e à adoção de técnicas adequadas pelos produtores.

Em outra propriedade localizada em Santa Cruz do Rio Pardo, o plantio já está concluído graças ao uso de sistema de irrigação, que compensa a irregularidade das chuvas. A lavoura conta com quase 200 hectares, e a produção estimada supera 2 mil toneladas.

O preço da saca de milho de 60 quilos foi comercializado a cerca de R$ 50 no ano passado. Para o próximo ano, a expectativa é que o valor chegue a R$ 70, refletindo a demanda e as condições do mercado.

Esses avanços no plantio indicam uma recuperação gradual da produção agrícola na região, impactada inicialmente pela falta de chuvas, mas favorecida pelo uso de técnicas modernas e pelo período de precipitações atuais.

O trabalho dos produtores segue em ritmo acelerado, buscando cumprir o cronograma até o final do ciclo de cultivo e garantir a oferta adequada de milho para o mercado regional e nacional.

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Fonte: g1.globo.com