Xinjiang recebeu cerca de 300 milhões de turistas

Xinjiang recebeu cerca de 300 milhões de turistas em 2024, mais do que o dobro do registrado em 2018, impulsionada por investimentos em infraestrutura e promoção governamental. A região, localizada no noroeste da China e rica em paisagens naturais e história, tem atraído visitantes apesar das controvérsias relacionadas a acusações internacionais de violações de direitos humanos.
A região de Xinjiang é conhecida por sua diversidade étnica, predominando a população uigur, muçulmanos de língua túrquica, diferente da maioria Han do restante da China. Nas últimas décadas, tensões políticas e sociais resultaram em ações severas do governo chinês para controlar o território, incluindo detenção em massa e programas de assimilação cultural, fatos negados pelo governo.
Apesar dessas controvérsias, Pequim investiu bilhões para transformar Xinjiang em um destino turístico, construindo hotéis de grandes redes internacionais e promovendo a região com séries de TV e conteúdos digitais. O governo tem como meta atingir 400 milhões de turistas anuais e uma receita turística de 1 trilhão de yuans até 2030.
Turistas nacionais e estrangeiros visitam áreas como Urumqi, Altay, a cidade histórica de Kashgar e o Parque Nacional de Kanas, apreciando montanhas, cânions e lagos. Muitos turistas relatam apreço pelas paisagens e experiências culturais, embora alguns reconheçam restrições, como ambientes controlados e limitações para conhecer a vida local com profundidade.
Organizações de direitos humanos, como a Human Rights Watch e entidades da ONU, apresentam relatos de demolir vilarejos com nomes ligados à cultura uigur, fechamento de mesquitas e existência de campos de detenção. Ativistas uigures no exílio afirmam que a imagem turística da região é uma versão editada da realidade, enquanto o governo chinês exibe uma narrativa de desenvolvimento e estabilidade.
Visitantes estrangeiros trazem impressões divergentes. Enquanto alguns descrevem Xinjiang como um local de beleza natural única, outros relatam decepção na experiência cultural. A vigilância é constante, com presença policial e regras específicas para estrangeiros, como hospedagem em hotéis designados.
Redes sociais chinesas exibem imagens do outono em Xinjiang e publicações que exaltam a arquitetura e atrações naturais, mas sem referências às polêmicas. Por outro lado, ativistas uigures pedem que turistas reconheçam as dificuldades enfrentadas pela população local e enfatizam que o controle estatal limita o acesso à verdadeira cultura da região.
Ao receber milhões de visitantes, Xinjiang encara um duplo papel: de destino turístico em expansão e foco de críticas internacionais. Enquanto autoridades chinesas promovem a região como símbolo de progresso, questões humanitárias e políticas permanecem em destaque no cenário global, influenciando diferentes percepções sobre a província.
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Fonte: g1.globo.com
Imagem: s2-g1.glbimg.com
Fonte: g1.globo.com