O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou pela primeira vez os nomes e sobrenomes mais populares do Brasil, destacando o surgimento de nomes inspirados em craques do futebol após suas conquistas na Bola de Ouro. A análise, baseada no Censo de 2022, mostra uma relação entre os atletas premiados e o registro dos nomes no país.

Jogadores como Kaká, Messi, Ronaldinho e Zidane passaram a influenciar o registro de nomes no Brasil a partir das datas em que receberam o prêmio. O apelido Kaká, usado por Ricardo Izecson dos Santos Leite, fez surgir 121 crianças com este nome após seu destaque em 2007. Já “Ronaldinho” aparece ligado a dois brasileiros, Ronaldo Fenômeno e Ronaldinho Gaúcho, com 187 registros desde a década de 1990.

O argentino Lionel Messi, múltiplo vencedor da Bola de Ouro, inspirou 363 registros no Brasil, incluindo 42 mulheres com o nome. “Zidane”, francês e campeão em 1998, soma 711 registros, número que não existia antes do sucesso do jogador no fim da década de 1990.

O nome “Pelé”, embora não tenha estatísticas de surgimento, é registrado por 75 brasileiros. Além desses, outros nomes de jogadores que fizeram história no futebol nacional também ganharam popularidade nas últimas décadas.

Neymar, atualmente no Santos e maior artilheiro da Seleção Brasileira, foi registrado 2.443 vezes, com aumento expressivo na década de 2010, período em que o atleta figurou nas Copas do Mundo de 2014 e 2018. Romário teve seu nome registrado 32.110 vezes na década de 1990, coincidindo com a vitória da seleção na Copa do Mundo de 1994.

O goleiro Taffarel, campeão mundial em 1994, popularizou seu nome na década de 1980 ao iniciar a carreira, com 262 registros, mas o uso do nome caiu após 2000.

Outros ídolos do futebol brasileiro também aparecem entre os nomes dados a crianças nascidas durante ou após suas carreiras. Destacam-se Zico e Giorgian Arrascaeta (Flamengo), Evair e Deyverson (Palmeiras), Rivelino e Sócrates (Corinthians), Dalessandro (Internacional) e Robinho (Santos).

Nomes de jogadores estrangeiros que marcaram o futebol brasileiro, como Juan Román Riquelme, também são registrados, mesmo que tenham sido “carrascos” de clubes brasileiros. Riquelme tem 25.942 registros no país.

A influência do futebol na escolha de nomes no Brasil reflete a presença cultural dos atletas no cotidiano e a admiração dos torcedores. A pesquisa do IBGE revela como títulos e desempenho esportivo podem impactar práticas sociais relacionadas à identidade.

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Fonte: g1.globo.com