O fundo soberano da Noruega anunciou nesta terça-feira

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O fundo soberano da Noruega anunciou nesta terça-feira (4) que votará contra o pacote de remuneração avaliado em até US$ 1 trilhão proposto para o CEO da Tesla, Elon Musk, na assembleia anual da empresa marcada para 6 de novembro. A decisão do maior fundo soberano do mundo pode influenciar a aprovação do pacote, que já enfrenta críticas por seu tamanho.

A proposta de remuneração concederia ações da Tesla a Musk ao longo de dez anos, desde que a empresa atinja metas estabelecidas, incluindo alcançar um valor de mercado de US$ 8,5 trilhões, quase seis vezes o valor atual. O custo das ações concedidas será descontado, o que reduziria o valor líquido para Musk para cerca de US$ 878 bilhões, segundo análise da Reuters.

O Norges Bank Investment Management (NBIM), que é o sétimo maior acionista da Tesla com uma participação de 1,12% avaliada em cerca de US$ 17 bilhões, afirmou que reconhece o valor criado por Musk, mas manifestou preocupação com o tamanho da recompensa, a diluição das ações e a ausência de mecanismos que protejam contra a dependência em uma única liderança.

Além de rejeitar o pacote de remuneração, o fundo também votará contra dois dos três diretores da Tesla que buscam reeleição: Kathleen Wilson-Thompson e Ira Ehrenpreis. O NBIM apoiará apenas Joe Gebbia, que entrou no conselho em 2022. O fundo também se posicionará contra o plano geral de ações proposto para todos os funcionários, alegando que ele pode ser usado para beneficiar Musk reduzindo a participação dos demais.

A Tesla argumenta que Musk só receberá o pagamento máximo se a empresa atingir todas as metas financeiras estipuladas. A presidente do conselho, Robyn Denholm, avisou que Musk poderia deixar a companhia caso o pacote não seja aprovado pelos acionistas. A aprovação depende do voto dos investidores na assembleia marcada para esta semana.

Outros grandes investidores, como a gestora Baron Capital, já declararam apoio ao pacote. No entanto, investidores institucionais importantes, como BlackRock, Vanguard e State Street, ainda não revelaram suas intenções de voto. O voto do fundo norueguês é o mais relevante entre os investidores externos a se manifestar até agora.

Pacotes anteriores de remuneração para Musk também enfrentaram resistência, incluindo o plano de US$ 56 bilhões aprovado em 2018, que ainda passa por disputas judiciais. A postura de Musk diante dessas críticas já gerou reações fortes, como quando recusou convite para participar de uma conferência em Oslo após o fundo norueguês se posicionar contra um plano anterior.

A decisão do NBIM ocorre em um contexto político complexo, em que grandes gestoras americanas enfrentam pressões de políticos republicanos para reduzir sua atenção a critérios ambientais, sociais e de governança (ESG). Musk é visto como aliado do ex-presidente Donald Trump, o que pode influenciar o comportamento dos investidores. Especialistas afirmam que esta pressão política dificulta que grandes fundos votem contra a administração das empresas.

O fundo soberano norueguês administra cerca de US$ 2,1 trilhões em ativos e tem adotado uma postura crítica em relação a planos de remuneração executiva considerados excessivos, buscando proteger seus investimentos de riscos causados por dependência em líderes individuais e pela diluição de ações.

A decisão sobre o pacote de Musk poderá indicar os rumos da governança corporativa da Tesla e impactar seu futuro estratégico, especialmente diante do cenário de mercado e das metas ambiciosas definidas pela empresa para a próxima década.

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Fonte: g1.globo.com

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Fonte: g1.globo.com

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