Analistas do mercado financeiro reduziram a estimativa para

Analistas do mercado financeiro reduziram a estimativa para a inflação em 2025 para 4,55%, conforme divulgado no boletim Focus do Banco Central (BC) desta segunda-feira (3). O levantamento foi realizado com mais de 100 instituições financeiras na última semana.

A projeção para a inflação em 2026 manteve-se em 4,20%. Para 2027, a estimativa caiu de 3,82% para 3,80%, e para 2028, recuou de 3,54% para 3,50%. Essas revisões refletem a expectativa dos agentes de que a inflação tende a desacelerar nos próximos anos.

O BC utiliza a meta de inflação para definir a política monetária e ajustar a taxa básica de juros, a Selic. O efeito dessas alterações na Selic leva entre seis e 18 meses para refletirem na economia. Atualmente, o BC considera a expectativa de inflação acumulada em 12 meses até o primeiro trimestre de 2027 para suas decisões.

Desde janeiro, o instituto de metas considera a inflação acumulada em 12 meses comparada à meta e ao intervalo de tolerância. A meta é descumprida se a inflação permanecer fora do intervalo por seis meses consecutivos. Em caso de descumprimento, o BC deve enviar uma carta pública ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, justifica os motivos.

O sistema de metas contínuas adotado no início de 2025 estabelece o objetivo de manter a inflação em 3%, aceitando variações entre 1,5% e 4,5%. Entre janeiro e junho, a inflação acumulada em 12 meses ultrapassou o teto de 4,5%, o que levou o presidente do BC, Gabriel Galípolo, a enviar uma carta pública ao ministro da Fazenda.

O presidente do BC afirmou que fatores como a atividade econômica aquecida, variação cambial, aumento no custo da energia elétrica e anomalias climáticas contribuíram para o novo descumprimento da meta de inflação em 2025.

A inflação impacta diretamente o poder de compra da população, especialmente entre aqueles que recebem salários mais baixos, já que o aumento dos preços nem sempre é acompanhado por reajustes salariais no mesmo ritmo.

Quanto ao Produto Interno Bruto (PIB), a projeção para o crescimento em 2025 permaneceu estável em 2,16%. Para 2026, a expectativa também não mudou, mantendo-se em 1,78%. O PIB representa a soma dos bens e serviços produzidos no país e serve para medir o desempenho da economia.

Em relação à taxa básica de juros, a projeção para o fechamento de 2025 segue em 15% ao ano, valor atual da Selic. Para 2026, a estimativa permanece em 12,25%, e para 2027, em 10,50% ao ano.

O mercado financeiro manteve outras estimativas apresentadas no boletim Focus. A projeção para a taxa de câmbio no fim de 2025 permanece em R$ 5,41, e para o encerramento de 2026, em R$ 5,50. A previsão para o superávit da balança comercial em 2025 está estável em US$ 62 bilhões, enquanto para 2026 o saldo positivo subiu de US$ 65,8 bilhões para US$ 66 bilhões.

A expectativa para o investimento estrangeiro direto no Brasil em 2025 permanece em US$ 70 bilhões, sem alterações esperadas para 2026.

Essas projeções do boletim Focus são acompanhadas pelo Banco Central para embasar a formulação da política econômica e orientar o mercado financeiro sobre as perspectivas para a economia brasileira nos próximos anos.

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Fonte: g1.globo.com


Fonte: g1.globo.com

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