Meses de estiagem reduziram a produção de batata-doce no oes

Imagem: s2-g1.glbimg.com

Meses de estiagem reduziram a produção de batata-doce no oeste paulista e levaram ao aumento dos preços da raiz na região. A redução da produtividade afeta centenas de produtores, especialmente em municípios como Caiabu e Álvares Machado.

Segundo o Instituto de Economia Agrícola, o oeste paulista é a maior área produtora de batata-doce do estado de São Paulo, com mais de 4,5 mil hectares plantados no último ano. A seca prolongada, que já dura cerca de dez meses, prejudicou a formação dos tubérculos e limitou o desenvolvimento das plantas.

Em Caiabu, o agricultor Sadão Suyama, que cultiva a variedade mineirinha há quase cinco décadas, relatou que, sem irrigação, conseguiu colher menos da metade do volume esperado por alqueire. A falta de chuva freou o avanço das lavouras em 2025 e impactou a produtividade em várias propriedades da cidade.

O engenheiro agrônomo Edgard Henrique Costa Silva explicou que a estiagem afetou também a qualidade da batata-doce. Ele destacou que o tamanho menor dos tubérculos e a alteração na casca são sinais visíveis dos efeitos do clima seco. A complicação foi agravada pelo atraso na colheita, que aumentou a incidência de pragas e provocou perdas nas plantações.

Em Álvares Machado, o agricultor Luiz Rocha possui 70 hectares cultivados com quatro variedades da batata-doce, incluindo a cambará, que tem casca rosada e polpa amarela. Segundo Rocha, cerca de 90% das lavouras na região dependem exclusivamente da chuva, sem o suporte de sistemas de irrigação.

O aumento dos preços da batata-doce reflete a redução da oferta causada pela seca. Consumidores e comerciantes já sentem os efeitos no custo do produto no mercado local. A situação preocupa os produtores, que enfrentam dificuldades para manter a produção diante das condições climáticas adversas.

A estiagem prolongada no oeste paulista evidenciou a vulnerabilidade da agricultura regional à falta de chuvas e reforçou a necessidade de investimentos em técnicas de irrigação e manejo de risco climático. Para muitos produtores, a expectativa é de que as chuvas voltem a regularizar a produção nos próximos meses, mas o cenário atual indica desafios para o setor.

A reportagem foi exibida no programa da TV TEM em 1º de novembro de 2025, mostrando os impactos da seca sobre a agricultura local e as repercussões para o mercado de batata-doce na região.

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Fonte: g1.globo.com

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Fonte: g1.globo.com

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