Com a chegada das chuvas, os seringais do Noroeste Paulista

Com a chegada das chuvas, os seringais do Noroeste Paulista, em São Paulo, iniciaram a nova safra de látex, movimentando a economia rural na região. Em Neves Paulista, uma usina de borracha opera em ritmo acelerado, com expectativa de aumento de até 15% na produção.

O produtor Kauê Sabino administra 900 mil pés de seringueiras distribuídos em 25 propriedades. No último ano, ele alcançou uma produtividade média entre cinco e seis quilos de látex por árvore, totalizando cerca de cinco mil toneladas. O agrônomo Leandro Dias destaca que as condições climáticas favoráveis e o desenvolvimento saudável das árvores indicam uma safra promissora.

Apesar do cenário favorável no campo, os produtores enfrentam incertezas relacionadas às tarifas impostas pelos Estados Unidos e ao aumento das importações brasileiras. Esses fatores têm pressionado o setor e reduzido o preço pago pela borracha natural.

A produtora Noêmia Rollemberg Hansen, por exemplo, precisou reduzir pela metade o número de seringueiras em sua fazenda, que possui originalmente 120 mil árvores. Ela busca estratégias para minimizar os prejuízos causados pela instabilidade do mercado.

O diretor-executivo da Associação Paulista de Produtores e Beneficiadores de Borracha (Apabor), Fábio Tônus, afirma que o pior momento já passou e projeta uma recuperação na valorização do quilo da borracha, atualmente cotado a R$ 4,50.

A nova safra no Noroeste Paulista reforça a importância do setor para a economia local, apesar dos desafios externos que influenciam os preços e a rentabilidade dos produtores. O controle das condições climáticas e o manejo adequado das seringueiras são apontados como fatores essenciais para a manutenção da produtividade.

A dinâmica atual do mercado exige adaptações e medidas estratégicas para garantir a sustentabilidade da cadeia produtiva da borracha natural na região.

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Fonte: g1.globo.com