A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (27) uma redução média de 1,7% no preço do gás natural para distribuidoras, válida a partir do início de novembro de 2025. A revisão ocorre conforme os contratos trimestrais que vinculam o preço do gás às oscilações do petróleo Brent e da taxa de câmbio real/dólar.
Os contratos firmados com as distribuidoras preveem atualizações periódicas da parcela do preço referente à molécula do gás natural. Essa parcela sofre variações tanto para cima quanto para baixo, de acordo com o comportamento do preço do petróleo Brent e da taxa de câmbio.
No trimestre que começa em novembro de 2025, a referência do petróleo Brent apresentou alta de 2,18%. Por outro lado, o real se valorizou em relação ao dólar em 3,83%, o que significa uma queda na quantia em reais necessária para comprar um dólar. Segundo a Petrobras, esse movimento cambial contribuiu para a redução do preço final do gás natural.
Desde dezembro de 2022, o preço médio da molécula de gás natural vendido às distribuidoras acumula queda de cerca de 33%, conforme informou a empresa. Essa redução reflete a política de ajustes trimestrais amparada pelas variações do mercado internacional de energia e das condições cambiais.
A Petrobras destaca que as variações individuais do preço podem divergir entre distribuidoras, dependendo dos produtos contratados por cada uma. A companhia reforça que o preço final do gás natural para o consumidor não depende unicamente do valor da molécula.
Além do preço da molécula, o custo final ao consumidor inclui despesas com transporte até a distribuidora, o mix de suprimento adotado por cada empresa, margens comerciais e impostos federais e estaduais. Esses fatores podem impactar o valor cobrado nas unidades consumidoras.
A atualização divulgada pela Petrobras não afeta o preço do gás liquefeito de petróleo (GLP), conhecido como gás de cozinha, vendido em botijões ou a granel. O reajuste contempla exclusivamente o segmento do gás natural destinado às distribuidoras.
A revisão do preço ocorre em um contexto de volatilidade nos mercados internacionais de energia e câmbio, que influenciam diretamente os contratos da Petrobras com as distribuidoras. A empresa mantém o compromisso de ajustar os preços conforme parâmetros contratados e variáveis de mercado.
A Petrobras tem enfrentado desafios no mercado financeiro, com perdas recentes em valor de mercado após mudanças em sua diretoria. Ainda assim, mantém a política de revisão periódica dos preços visando equilíbrio entre oferta, demanda e condições econômicas.
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Fonte: g1.globo.com
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