O Santander Brasil registrou lucro líquido de R$

O Santander Brasil registrou lucro líquido de R$ 4,01 bilhões no terceiro trimestre de 2025, superando as expectativas do mercado, que estimavam cerca de R$ 3,7 bilhões. O resultado divulgado nesta quarta-feira (29) representa um aumento de 9,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O crescimento do lucro foi impulsionado principalmente pela melhora na rentabilidade e pelo aumento dos ganhos com clientes, apesar do aumento nas provisões para perdas com empréstimos. Essas provisões, destinadas a cobrir possíveis inadimplências, cresceram 10,5% em um ano, totalizando R$ 7,51 bilhões.

A recuperação de dívidas atrasadas também avançou, atingindo R$ 986 milhões, o que compensou parcialmente o aumento nas reservas. Em comparação com o segundo trimestre, o banco conseguiu reduzir ligeiramente as provisões e melhorar a recuperação de crédito, indicando uma leve melhora recente na inadimplência.

O banco atribuiu o crescimento da inadimplência ao cenário econômico, citando juros elevados e o aumento dos pedidos de recuperação judicial como fatores que dificultam o pagamento dos empréstimos. O índice de atrasos acima de 90 dias subiu de 3,1% em junho para 3,4% em setembro, especialmente entre clientes de menor renda e pequenas empresas.

A margem financeira do Santander, que representa os ganhos com empréstimos e investimentos, manteve-se estável em R$ 15,2 bilhões no trimestre. O resultado operacional com clientes cresceu 11%, mas as operações de mercado, incluindo aplicações financeiras e câmbio, registraram perda de R$ 1,3 bilhão, em comparação com um ganho de R$ 325 milhões no terceiro trimestre de 2024.

O retorno sobre o patrimônio líquido, indicador que mede o lucro em relação ao capital dos acionistas, aumentou para 17,5%, ante 16,4% no trimestre anterior. A carteira total de crédito do banco somou R$ 688,8 bilhões, alta de 3,8% em 12 meses.

No crédito rural, o Santander reduziu os volumes concedidos, com queda de 16,5% para pessoas físicas e 7,8% para empresas do setor. O índice de capitalização do banco ficou em 15,2%, um patamar considerado confortável para a instituição.

O Santander também ajustou sua estrutura, diminuindo o número de agências para 961 unidades, ante mais de 1,2 mil há um ano. O quadro de funcionários caiu de 55 mil para 51,7 mil empregados no mesmo período.

O banco reforçou sua estratégia de foco em clientes e gestão de riscos para sustentar o desempenho financeiro, mesmo diante do ambiente econômico desafiador.

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Fonte: g1.globo.com