O Globoplay, plataforma de streaming do Grupo Globo

O Globoplay, plataforma de streaming do Grupo Globo, completou 10 anos em novembro e apresentou um balanço da primeira década de operação, além de anunciar planos para ampliar seu alcance e diversificar o público. A celebração ocorreu em 29 de novembro, em São Paulo, e destacou conquistas como o primeiro Oscar do Brasil para uma produção original da plataforma.

Atualmente, o Globoplay conta com 30 milhões de usuários ativos por mês e registrou crescimento de 42% na base de assinantes em 2024, mantendo um ritmo de expansão de 30% no ano. A plataforma também registrou mais de 4 bilhões de horas de conteúdo consumidas, com 67% do total referente a transmissões ao vivo, incluindo esportes, música e entretenimento.

Segundo Manuel Belmar, diretor de Produtos Digitais e Financeiros do Grupo Globo, o Globoplay nasceu com o objetivo de conectar marcas e conteúdos, antecipando-se ao mercado ao combinar modelos gratuitos e por assinatura. O executivo ressaltou o desafio de acompanhar o comportamento do público e a competição no mercado global de streaming.

“A gente costuma dizer que o Globoplay é o nosso caçula dentro do Grupo Globo. Completamos 10 anos no ano em que a plataforma conquistou o primeiro Oscar do Brasil, com um original co-produzido pelo Globoplay”, afirmou Belmar.

Julia Rueff, diretora-executiva do Globoplay, atribuiu o sucesso à oferta combinada de conteúdos ao vivo e sob demanda. “Temos uma proposta de valor única: o melhor do ‘ao vivo’ com o melhor do ‘on demand’”, disse. A executiva também destacou a alta de 86% na receita publicitária em 2024 e a proximidade do equilíbrio financeiro, previsto para ser alcançado em abril de 2025.

O filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, foi o destaque da comemoração. O longa-metragem conquistou o primeiro Oscar do Brasil para o Globoplay e alcançou a maior bilheteria do cinema nacional em 2025, com 4 milhões de espectadores. No streaming, o filme também foi o mais consumido.

A estratégia de conteúdo para os próximos anos inclui o aumento de 68% nas produções originais até 2026, abrangendo séries, novelas e documentários. A curadora Tatiana Costa afirmou que o foco será ampliar o alcance para públicos jovens, aumentar a participação fora do eixo Rio-São Paulo e atrair mais homens, já que 65% dos assinantes atuais são mulheres acima de 35 anos.

Entre as produções anunciadas estão a série “Paranoia”, em desenvolvimento com Ron Leshem, criador de Euphoria; a novela “Globorama”, escrita por Walcyr Carrasco em parceria com a TV Globo; a adaptação do livro “Uma Mulher no Escuro”, de Raphael Montes; e o lançamento do centésimo documentário original da plataforma.

A plataforma mantém o segundo lugar em audiência no Brasil, segundo dados da Kantar Media, e planeja investir em formatos inovadores, como microdramas, e em parcerias com produtoras nacionais e internacionais. Manuel Belmar destacou a integração entre as janelas de exibição da Globo — TV aberta, TV por assinatura e streaming — como um fator estratégico da plataforma.

“O desafio é entender para onde o público está indo, oferecendo soluções e inovando permanentemente. No Brasil, o Globoplay tem uma posição quase incomparável, somos um gigante pronto para competir”, afirmou Belmar.

Com 10 anos de operação, o Globoplay consolida sua presença no mercado brasileiro ao combinar conteúdo ao vivo e sob demanda, além de fortalecer o audiovisual nacional por meio de produções originais e parcerias estratégicas. A plataforma projeta expansão no número de assinantes e crescimento financeiro, mantendo-se competitiva diante dos grandes players globais.

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Fonte: g1.globo.com