A NextEra Energy anunciou nesta segunda-feira (27) que vai reativar a usina nuclear Duane Arnold Energy Center, em Iowa (EUA), para fornecer energia principalmente aos projetos de inteligência artificial (IA) do Google. A previsão é que a unidade volte a operar em 2029, com um investimento estimado em mais de US$ 1,6 bilhão.
O Google assinou um contrato de compra de energia de 25 anos com a NextEra, que viabiliza o financiamento para reabrir a planta. A empresa afirma que a parceria é um modelo para expandir a capacidade energética limpa e confiável, ao mesmo tempo em que gera empregos para uma economia cada vez mais impulsionada pela IA.
Com o avanço da inteligência artificial, o consumo de energia de data centers tem aumentado significativamente. Em abril, a Agência Internacional de Energia (AIE) projetou que essa demanda deve dobrar até 2030. Para suprir esse crescimento, as empresas tecnológicas buscam fontes estáveis e com baixa emissão de carbono, o que tem renovado o interesse pela energia nuclear.
Além do Google, outras empresas também têm investido nesse tipo de energia. Em 2023, a Microsoft firmou acordo semelhante para reativar a usina de Three Mile Island, na Pensilvânia, prevista para voltar a funcionar em 2028. O uso crescente da energia nuclear ocorre depois de anos de declínio, que se iniciou após o desastre de Fukushima, em 2011, e o avanço do gás de xisto, opção mais barata.
Segundo especialistas consultados pelo Financial Times, a reativação de usinas nucleares demanda cautela e deve seguir rigorosos padrões de segurança e regulação para evitar riscos ambientais e operacionais. O aumento na demanda elétrica provocada pela expansão da IA estimula a busca por soluções energéticas que conciliem produtividade com sustentabilidade.
A NextEra informou que o projeto em Iowa deve beneficiar a rede elétrica local, contribuindo para a estabilidade e para o fornecimento contínuo de energia. O Google, por sua vez, pretende explorar novas oportunidades de geração nuclear em parceria com a empresa para atender o crescimento da demanda.
Esse movimento representa uma mudança na indústria de energia, que volta a olhar para a energia nuclear como componente estratégico para suportar a evolução tecnológica. A ampliação da geração elétrica com baixa emissão de carbono é considerada essencial para viabilizar projetos de IA em escala mundial.
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Fonte: g1.globo.com
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Fonte: g1.globo.com
