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A China tem investido em cães-robôs armados e

A China tem investido em cães-robôs armados e
  • Publishedoutubro 28, 2025

A China tem investido em cães-robôs armados e enxames de drones com inteligência artificial para modernizar suas forças armadas e reduzir a distância tecnológica em relação aos Estados Unidos. Essas iniciativas foram demonstradas em 21 de março de 2025, em eventos militares realizados no país, evidenciando avanços no uso da IA em operações militares.

Em novembro de 2024, o Exército de Libertação Popular (PLA) abriu uma licitação para fabricar cães-robôs que operam em grupos para identificar ameaças e eliminar riscos de explosão. Embora a Reuters não tenha confirmado a execução desse contrato, imagens divulgadas pela mídia estatal chinesa mostram a utilização de cães-robôs armados da fabricante Unitree em exercícios militares.

Nos últimos dois anos, patentes e artigos científicos indicam que o PLA tem aplicado inteligência artificial no planejamento militar, com tecnologias para análise rápida de imagens captadas por satélites e drones. A empresa Landship Information Technology, que integra IA em veículos militares, afirmou que sua tecnologia identifica alvos em imagens de satélite e coordena ações com radares e aeronaves, utilizando chips desenvolvidos pela Huawei.

Pesquisadores da Universidade Tecnológica de Xi’an informaram que a tecnologia DeepSeek, aplicada pelo PLA, reduz significativamente o tempo entre identificação de um alvo e a execução da operação. O sistema foi capaz de avaliar 10 mil cenários de campo de batalha em 48 segundos, tarefa que levaria 48 horas para uma equipe convencional. A Reuters não conseguiu verificar de forma independente essas informações.

Além disso, documentos mostram investimentos em armas autônomas, com drones capazes de reconhecer e rastrear alvos e atuar em grupo com pouca intervenção humana. A Universidade Beihang utiliza o DeepSeek para aprimorar decisões em enxames de drones focados em ameaças como aeronaves leves e drones inimigos, conforme um pedido de patente de 2025.

Apesar dos avanços, autoridades da defesa chinesa afirmam que o país manterá controle humano sobre os sistemas de armas para evitar uso descontrolado da IA em conflitos. Os militares dos Estados Unidos também apostam em sistemas autônomos e pretendem implantar milhares de drones até o fim de 2025 para equilibrar a vantagem chinesa em veículos não tripulados.

As operações com cães-robôs e drones, assim como o uso de IA no campo de batalha, permanecem cercadas de sigilo. No entanto, as patentes e registros públicos indicam progressos na integração de inteligência artificial para reconhecimento de alvos e apoio a decisões em tempo real.

No que se refere à tecnologia empregada, o PLA tem buscado chips nacionais para alimentar suas bases de IA. Embora tenha usado chips da Nvidia no passado, como os modelos A100 e H100, exportados antes das restrições impostas pelos Estados Unidos em setembro de 2022, o exército chinês aumentou a aquisição de chips da Huawei em 2025. A empresa norte-americana afirma não conseguir rastrear revendas e ressalta que o uso de produtos restritos para fins militares seria inviável sem suporte adequado.

Essa estratégia faz parte da busca de Pequim por “soberania algorítmica”, que visa reduzir a dependência tecnológica de fornecedores ocidentais e fortalecer o controle sobre sua infraestrutura digital. O DeepSeek tem sido a ferramenta preferida nas licitações do PLA neste ano, ficando à frente de outras soluções, como o modelo Qwen, da Alibaba.

Washington não comentou detalhadamente as operações chinesas, mas afirmou que busca cooperação com aliados para desenvolver IA e mantém o objetivo de restringir o acesso dessa tecnologia a adversários. A relação entre as potências inclui esforços paralelos para avançar no campo de armas autônomas e drones, cenário que tende a moldar a futura dinâmica militar global.

A adoção crescente de inteligência artificial no exército chinês pode alterar o equilíbrio estratégico mundial, ao reduzir o tempo para tomadas de decisão e ampliar a capacidade operacional das forças. A tendência indica que a corrida por tecnologias militares baseadas em IA deve se intensificar nos próximos anos, com implicações para a segurança internacional.

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Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

Written By
Caio Marcio

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