Os bancos brasileiros começaram a cancelar contas consideradas irregulares, como as chamadas contas laranja e aquelas usadas por bets sem autorização, a partir desta segunda-feira (27). A medida visa bloquear movimentações suspeitas e prevenir o uso do sistema financeiro para atividades ilícitas.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) anunciou a adoção de regras mais rígidas para identificar e encerrar contas relacionadas a fraudes, lavagem de dinheiro e outras práticas ilegais. Contas laranja são abertas em nome de uma pessoa, mas usadas por terceiros para ocultar a origem do dinheiro. Contas frias são criadas sem o conhecimento do titular.
Além do cancelamento, os bancos deverão recusar transações consideradas suspeitas e reportar essas ações ao Banco Central, o que permitirá o compartilhamento de informações entre as instituições financeiras. A fiscalização sobre esses processos será feita pela Autorregulação da Febraban.
Segundo a federação, a iniciativa reforça o compromisso do setor bancário no combate ao crime organizado. O presidente da Febraban, Isaac Sidney, afirmou que a medida representa um marco para corrigir casos em que clientes alugam ou vendem suas contas para facilitar golpes e lavagem de dinheiro.
Os bancos terão que estabelecer políticas internas específicas para detectar contas fraudulentas e garantir a conformidade com as novas regras. Essas políticas devem ser elaboradas por áreas independentes como auditoria, compliance ou controles internos e apresentadas à diretoria da Autorregulação da Febraban.
A fiscalização poderá solicitar evidências dos bancos sobre o encerramento das contas ilícitas a qualquer momento. O não cumprimento das normas resultará em penalidades que vão desde advertências até a exclusão do banco do sistema de Autorregulação.
A Febraban informou que as áreas de prevenção a fraudes, lavagem de dinheiro, jurídica e ouvidoria participaram da criação das novas diretrizes, reforçando a atuação integrada das instituições no combate a práticas ilegais no sistema financeiro.
Com a adoção dessas medidas, a intenção é evitar que contas correntes sejam usadas para movimentar recursos de forma irregular, aumentando a segurança e a transparência nas transações bancárias no país.
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Fonte: g1.globo.com
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Fonte: g1.globo.com
