A Paramount anunciou o encerramento das operações dos

A Paramount anunciou o encerramento das operações dos canais dedicados a videoclipes, como MTV Music, em março de 2024, priorizando a exibição de reality shows. O movimento reflete uma mudança na indústria musical, que investe menos em videoclipes com altos orçamentos devido às novas formas de consumo e divulgação digital.
Profissionais do mercado afirmam que o videoclipe não morreu, mas perdeu protagonismo nas estratégias de divulgação. As gravadoras reduzem investimentos significativos em produções caras, optando por formatos mais econômicos e adaptados ao universo digital, como lyric videos, visualizers e conteúdos para redes sociais.
Desde os anos 1980, videoclipes estiveram no centro das estratégias de artistas pop, marcados por produções cinematográficas e vídeos icônicos, como “Thriller”, de Michael Jackson. A chegada do YouTube popularizou o acesso aos clipes, que passaram a viralizar online. Porém, plataformas como o TikTok aceleraram o consumo de conteúdos audiovisuais e valorizam vídeos mais simples e caseiros.
A vasta oferta de redes sociais e dispositivos fragmenta o público, enfraquecendo o impacto de qualquer vídeo único. No atual cenário, nenhum meio atinge massa comercial suficiente para justificar elevados investimentos em videoclipes. A cantora Anitta afirmou que o formato “não vale mais a pena” e que é mais estratégico produzir vários conteúdos menores.
Artistas e gravadoras têm redistribuído seus investimentos, pensando o videoclipe como parte de um ecossistema maior, criado para telas de celular com duração e linguagem diferentes de antes. O empresário André Izidro ressalta que o videoclipe ainda é relevante para construir narrativas e identidade visual, embora o retorno financeiro direto seja menor.
Enquanto o k-pop mantém investimentos altos em videoclipes e formatos variados, o mercado brasileiro aposta em vídeos mais simples e econômicos. Produtoras como Kondzilla e GR6 apostam no formato para lançar novos nomes, mas sem gastar valores elevados, adaptando-se aos formatos verticais e legendas.
Em 2024, apenas quatro dos dez vídeos musicais mais assistidos no YouTube Brasil foram videoclipes. A maior parte dos conteúdos populares são gravações ao vivo, em estúdio, ou projetos como “Poesia Acústica”. Artistas como Gaby Amarantos experimentam vídeos em plano-sequência e produções mais enxutas para promover discos inteiros.
Além do videoclipe tradicional, músicos consolidados investem em estratégias inovadoras. Beyoncé lançou álbuns sem videoclipes oficiais, Taylor Swift exibiu um clipe nos cinemas acompanhado de explicações detalhadas, e The Weeknd produziu um filme semi-autobiográfico. Anitta lançou documentários em plataformas de streaming, explorando outros formatos de engajamento.
Especialistas apontam que o futuro é híbrido, com experiências imersivas, conteúdos interativos e narrativas seriadas que mantêm a audiência engajada ao longo do tempo. O videoclipe deixou de ser um produto isolado para integrar um conjunto de ações que fortalecem a presença digital e criam comunidades em torno do artista.
Assim, os videoclipes continuam presentes, mas adaptados à nova realidade do consumo de música e vídeo, onde a estratégia e a multiplicidade de formatos prevalecem sobre o investimento em grandes produções únicas.
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Fonte: g1.globo.com
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Fonte: g1.globo.com