O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou

Imagem: s2-g1.glbimg.com

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste sábado (25) em Kuala Lumpur, Malásia, que espera um encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, marcado para este domingo (26), durante a cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean). Lula disse que está disposto a discutir as questões bilaterais em busca de soluções para os impasses entre os dois países.

Em declarações a jornalistas em frente ao hotel onde está hospedado, Lula afirmou que levará todos os problemas para a mesa de negociações e que não há pré-condições para a conversa. O presidente brasileiro destacou que a reunião será livre e que confia em um desfecho positivo. “Vamos colocar os problemas na mesa e tentar resolver. Pode ficar certo que haverá uma solução”, declarou.

Donald Trump confirmou que vai se encontrar com Lula na Malásia e indicou que pode considerar a redução das tarifas sobre produtos brasileiros “sob as circunstâncias certas”. Ao ser questionado sobre o encontro, Trump disse acreditar que a reunião acontecerá e afirmou que as tarifas podem ser revistas dependendo do resultado das conversas.

A reunião ocorre em um momento de tensão entre os dois países, que tiveram a relação bilateral abalada após a imposição, pelos Estados Unidos, de sobretaxas de até 50% sobre produtos brasileiros desde agosto. Essas medidas foram justificadas por Trump com argumentos econômicos e políticos, incluindo alegações sobre déficit comercial e críticas a processos judiciais no Brasil que envolvem autoridades do governo anterior.

Lula já manifestou a intenção de discutir não apenas as tarifas, mas também a revogação de sanções impostas a ministros brasileiros pelos Estados Unidos. Além disso, o presidente brasileiro deve abordar temas relacionados a ações de Washington contra países da América do Sul, como Venezuela e Colômbia. Lula tem se posicionado contra intervenções externas na região.

Os dois presidentes tentam se aproximar desde setembro, quando trocaram cumprimentos e demonstraram disposição para o diálogo durante a Assembleia Geral da ONU. Em outubro, mantiveram uma conversa telefônica intermediada pelas diplomacias dos dois países, na qual Lula solicitou a retirada das sobretaxas e a suspensão das sanções.

A expectativa do governo brasileiro é que o encontro na Malásia permita reorganizar a relação bilateral afetada pelas medidas tarifárias e pelos desentendimentos políticos. A cúpula da Asean oferece um ambiente propício para esses debates, já que ambos os líderes participam da reunião junto a outros chefes de Estado da Ásia e do Pacífico.

O tarifaço implementado por Trump representa um dos maiores obstáculos nas negociações bilaterais recentes. A administração americana também citou como motivo para as tarifas questões ligadas à liberdade de expressão nos EUA e ao andamento de investigações internas que envolvem políticos brasileiros.

A possibilidade de reverter essas taxas e melhorar a cooperação comercial e política entre Brasil e Estados Unidos será o foco do encontro, que ocorre em um momento de tensões globais e rearranjos nas alianças internacionais.

Palavras-chave: Lula, Donald Trump, tarifas, Brasil, Estados Unidos, Malásia, Asean, tarifaço, sanções, comércio bilateral, política internacional, América do Sul, Venezuela, Colômbia, diplomacia, cúpula internacional.

Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

Sair da versão mobile