O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste sábado (25) a elevação em 10% das tarifas sobre produtos canadenses, reagindo a um anúncio publicitário veiculado pela província de Ontário que ele considerou enganoso. A decisão foi divulgada um dia após o rompimento das negociações comerciais entre Washington e Ottawa.
Na sexta-feira (24), Trump criticou o Canadá por promover o que chamou de “jogo sujo” após a província canadense exibir uma campanha publicitária nos Estados Unidos questionando os impactos das tarifas americanas. O anúncio, veiculado nos EUA, utilizava trechos de um discurso do ex-presidente americano Ronald Reagan e contou com um orçamento estimado em US$ 75 milhões (cerca de R$ 403 milhões).
O presidente americano afirmou que não pretende se reunir com o primeiro-ministro canadense, Mark Carney, enquanto a situação permanecer como está. “O Canadá foi pego trapaceando com um comercial, podem acreditar?”, declarou Trump antes de embarcar para uma viagem à Ásia. Apesar da promessa de Ontário em retirar o anúncio na segunda-feira, Trump manteve a postura crítica e alertou que poderia agir com mais rigor.
A campanha publicitária também provocou reação da Fundação Ronald Reagan, que afirmou que o anúncio distorce as palavras do ex-presidente e que estudaria medidas legais contra a ação.
Além disso, Trump acusou autoridades canadenses de tentar interferir em decisões da Suprema Corte dos Estados Unidos e de outros tribunais sobre a legalidade das tarifas aplicadas por seu governo.
O aumento das tarifas surge em meio às negociações para a renovação do Tratado entre México, Estados Unidos e Canadá (T-MEC), que mantém cerca de 85% do comércio entre os países livre de tarifas. Até então, o governo canadense sinalizava avanços nas negociações relacionadas ao aço, alumínio e energia.
O incidente com o anúncio publicitário interrompeu o progresso das conversas, segundo informações da agência France Presse, ampliando a tensão comercial entre os vizinhos.
Apesar do impasse recente, Mark Carney afirmou estar preparado para retomar as negociações sempre que os EUA manifestarem interesse.
As informações são das agências Reuters e France Presse.
Fonte: g1.globo.com
Imagem: s2-g1.glbimg.com
Fonte: g1.globo.com

