O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, foi sancionado

Imagem: s2-g1.glbimg.com

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, foi sancionado pelo governo do então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou o Departamento do Tesouro americano nesta sexta-feira (24). A medida ocorre em meio a uma crescente tensão entre os dois países após acusações mútuas relacionadas a operações militares dos EUA no Caribe e no Oceano Pacífico.

Na quinta-feira (23), Petro criticou publicamente os ataques realizados por Washington em águas internacionais próximas à Colômbia, acusando os Estados Unidos de cometerem execuções extrajudiciais contra supostos traficantes de drogas. Durante uma coletiva em Bogotá, o presidente colombiano afirmou que os envolvidos no tráfico deveriam ser levados à Justiça, não assassinados. Ele classificou o uso da força americana como desproporcional e em violação ao direito internacional humanitário.

Desde o dia 2 de setembro, os Estados Unidos intensificaram operações militares contra embarcações suspeitas de transportar drogas na região do Caribe e do Pacífico. Os americanos já contabilizam nove ataques, que resultaram na morte de 37 pessoas, incluindo, segundo relatos colombianos, um pescador de Santa Marta, cidade na costa colombiana do Caribe. Os bombardeios recentes são os primeiros registrados no Oceano Pacífico.

A Colômbia denunciou que os ataques viola-sem suas águas territoriais e teve como consequência a morte de civis. A presença crescente de navios de guerra, aeronaves navais e mísseis na região gerou preocupações no governo de Bogotá, que recebeu a decisão americana de retirar a Colômbia da lista de países aliados na luta contra o narcotráfico como um insulto. O governo dos Estados Unidos também revogou vistos de Petro e de vários integrantes de sua equipe.

A troca de acusações entre os dois líderes se intensificou desde que Petro passou a usar as redes sociais para criticar Trump. O ex-presidente dos EUA classificou Petro como “líder narcotraficante” e “meliante”. Em resposta, o presidente colombiano afirmou que Trump o caluniou e insultou o país.

Além da reação colombiana, um grupo independente de especialistas em direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) também veio a público para condenar os ataques americanos. Nomeado pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, o grupo apontou que os bombardeios violam o direito internacional, especialmente por usarem força letal em águas internacionais sem base legal adequada. Segundo os especialistas, tais ações equivalem a execuções extrajudiciais.

Os especialistas da ONU destacaram que operações militares desse tipo representam uma escalada perigosa para a paz e segurança na região do Caribe. Eles afirmaram ter entrado em contato com representantes dos EUA e alertaram que qualquer ação militar direta contra outro Estado soberano configuraria uma violação ainda mais grave da Carta das Nações Unidas.

No dia 19 de setembro, a Procuradoria da Venezuela solicitou formalmente à ONU a abertura de uma investigação sobre os ataques dos Estados Unidos a embarcações no Caribe, reforçando a pressão internacional sobre as operações militares americanas na região.

A escalada de tensões entre a Colômbia e os Estados Unidos reflete a complexidade da luta contra o narcotráfico em uma região marcada por disputas territoriais e interpretações divergentes das normas internacionais. A sanção imposta a Petro pelo governo Trump reforça o impasse diplomático e pode influenciar as relações bilaterais nos próximos meses.

Palavras-chave: Gustavo Petro, governo Trump, sanção, Estados Unidos, Colômbia, operação antidrogas, bombardeios no Pacífico, execuções extrajudiciais, direito internacional, ONU, Conselho de Direitos Humanos, narcotráfico, conflito diplomático, águas internacionais, Venezuela

Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

Sair da versão mobile