O polo formado pelas cidades de Guangzhou, Hong

O polo formado pelas cidades de Guangzhou, Hong Kong e Shenzhen, na China, foi apontado como o principal centro de inovação do mundo em 2025 pelo Índice de Inovação Global da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI). O relatório destaca o avanço tecnológico integrado ao cotidiano da população e o impacto das inovações em diversas áreas, como inteligência artificial, mobilidade autônoma e energia sustentável.
A China aparece no top 10 do Índice pela primeira vez, com 24 polos entre os 100 maiores do mundo. A região de Shenzhen-Hong Kong-Guangzhou lidera a lista devido ao volume de patentes, investimentos em ciência e capital de risco. Em Hong Kong, a tecnologia é parte das atividades diárias, como pagamentos via QR-code em mercados de rua e gestão de pedidos por aplicativos.
A cidade também conta com o cartão Octopus, utilizado desde 1997 para transporte público e hoje aceito em máquinas de venda automática e parquímetros. O transporte e o entretenimento se misturam na Sinfonia das Luzes, evento noturno que sincroniza luzes, lasers e sons em edifícios do Porto de Victoria.
Shenzhen se transformou de vila de pescadores para centro tecnológico após ser designada Zona Econômica Especial em 1980. A cidade abriga empresas globais como Huawei e Tencent e oferece espaços de inovação acessíveis, como o Laboratório Aberto de Inovação de Shenzhen e o OCT Loft. Shows de drones com milhares de aparelhos são eventos comuns na região.
O polo Tóquio-Yokohama, no Japão, ocupa a segunda posição global. A cidade é responsável por mais de 10% dos depósitos internacionais de patentes, com tecnologia aplicada a serviços cotidianos como o cartão de transporte integrado e lojas de conveniência automatizadas. O turismo tecnológico destaca experiências como o hotel automatizado Henn Na e trens autônomos com vistas panorâmicas.
Os Estados Unidos aparecem no terceiro lugar com o polo San José-São Francisco, conhecido como Vale do Silício. Esta região concentra o maior volume de capital de risco no mundo e abriga startups que impulsionam o avanço da inteligência artificial. Moradores destacam a facilidade em encontrar apoio e parcerias para negócios inovadores.
Veículos autônomos já circulam pela região, disponíveis via aplicativos para usuários. Serviços como Uber e Lyft tiveram origem local antes de se tornarem globais, demonstrando o papel do polo como acelerador de tendências tecnológicas.
Pequim, também na China, ocupa o quarto lugar por sua produção científica e equilíbrio entre tecnologia e cultura. Aplicativos como Alipay e WeChat dominam os pagamentos digitais, enquanto sistemas de inteligência artificial facilitam a comunicação e tradução. O robotáxi Apollo, sem volante, é exemplo da tecnologia acessível para moradores e visitantes.
Seul, capital da Coreia do Sul, está em quinto lugar no ranking, responsável por mais de 5% dos pedidos globais de patentes. A cidade lidera investimentos de capital de risco na Ásia e oferece tecnologia integrada ao cotidiano, como portas com códigos digitais e pagamentos via celular. Áreas públicas adaptadas para mobilidade elétrica e lojas sem caixas completam o cenário.
Duas cidades latino-americanas também figuram entre os 100 maiores polos de inovação: São Paulo, na 49ª posição, e Cidade do México, em 79º lugar. Ambas avançam no desenvolvimento tecnológico e buscam elevar sua presença global no setor.
O Índice de Inovação Global 2025 reflete a crescente importância da tecnologia na vida urbana e destaca centros que aliam investimento, pesquisa e aplicação prática. A experiência diária dos moradores dessas cidades mostra como a inovação pode transformar infraestrutura, mobilidade e consumo em diferentes contextos ao redor do mundo.
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Palavras-chave relacionadas:
Inovação tecnológica, polos de inovação, inteligência artificial, cidades inteligentes, capital de risco, patentes, China, Hong Kong, Shenzhen, Tóquio, Vale do Silício, San José, São Francisco, Pequim, Seul, tecnologias urbanas, robotáxi, transporte autônomo, pagamentos digitais, energia sustentável.
Fonte: g1.globo.com
Imagem: s2-g1.glbimg.com
Fonte: g1.globo.com