O filme “Frankenstein”, dirigido pelo mexicano Guillermo del

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O filme “Frankenstein”, dirigido pelo mexicano Guillermo del Toro, estreia nesta quinta-feira (23) nos cinemas brasileiros como uma nova adaptação do clássico literário de Mary Shelley. A produção é tecnicamente impressionante, mas enfrenta dificuldades com seu ritmo devido ao excesso de duração e à instabilidade narrativa.

Del Toro, que assina o roteiro inspirado no livro de 1818, apresenta a história do cientista Victor Frankenstein, interpretado por Oscar Isaac, que cria um monstro a partir de partes de cadáveres, em uma tentativa de vencer a morte. O experimento fracassa, desencadeando uma trama de vingança entre criador e criatura.

A primeira metade do filme destaca-se pela leveza e pela cor usadas para renovar a obra gótica original. A atuação de Oscar Isaac contribui para essa fase, trazendo magnetismo ao personagem central, definido por arrogância, egocentrismo e obsessão. Essa interpretação cria uma dualidade no público, dividido entre a repulsa e o interesse pelo protagonista.

Com a aparição do monstro, interpretado por Jacob Elordi, o filme muda de tom, adotando uma atmosfera mais sombria que acompanha a decadência de Frankenstein. No entanto, essa transição foi considerada frustrante, pois esconde qualidades do filme apresentadas anteriormente. A escolha do ator para o papel da criatura também recebeu críticas, por não transmitir a complexidade exigida para o personagem.

Embora Elordi utilize próteses e maquiagem, sua aparência mantém características visíveis que comprometem a credibilidade da monstruosidade. Além disso, sua atuação não alcança a profundidade necessária para representar o conflito interno do monstro, dividido entre gratidão e ódio ao criador. A limitação pode estar ligada à inexperiência do ator, que ainda carece de maturidade para o papel.

Algumas cenas em que o monstro enfrenta adversários ou animais fogem ao estilo adotado pelo restante do filme. Essas sequências lembram produções do gênero super-heróis, como as adaptações da Marvel ou DC, destoando da proposta gótica e psicológica que permeia o enredo.

Com duração de cerca de 2h30, “Frankenstein” apresenta um potencial significativo não completamente explorado. A obra não se mostra ruim, mas evidencia um resultado imperfeito, reflexo da obsessão e do talento de seu diretor. Para quem acompanha a trajetória de Guillermo del Toro, desde produções como “A espinha do diabo” (2001), entende que essa adaptação estava em seu caminho, ainda que tenha deixado espaço para questionamentos sobre seu desenvolvimento.

A expectativa fica no que a obra poderia ter alcançado caso o diretor tivesse controlado melhor seus excessos técnicos e narrativos, equilibrando a ambição com uma condução mais precisa do projeto.

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Fonte: g1.globo.com

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Fonte: g1.globo.com

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