Economia

O dólar iniciou a sessão desta quarta-feira (22)

O dólar iniciou a sessão desta quarta-feira (22)
  • Publishedoutubro 22, 2025

O dólar iniciou a sessão desta quarta-feira (22) em queda, cotado a R$ 5,3860 por volta das 9h10, enquanto os investidores acompanham a possível confirmação do encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, previsto para domingo (26) na cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), na Malásia.

O governo brasileiro enfrenta pressa para ajustar o Orçamento de 2026 após a derrubada de uma medida provisória que previa tributar investimentos, fintechs e casas de apostas, criando um déficit de R$ 35 bilhões. Por isso, o Executivo apresentará novas propostas no Congresso para tentar fechar as contas públicas.

No cenário interno, o destaque está na divulgação do fluxo cambial semanal às 14h30. Nos Estados Unidos, são aguardados os dados sobre estoques de petróleo da Agência Internacional de Energia (AIE), às 11h30, e o discurso de Michael Barr, vice-presidente do Federal Reserve (Fed), às 17h. Esses indicadores podem influenciar o comportamento dos mercados.

As tensões políticas nos EUA permanecem, com a paralisação do governo federal se aproximando de se tornar a segunda mais longa da história do país, o que tem atrasado a divulgação de dados econômicos importantes, como a inflação de setembro. No campo das relações internacionais, o presidente Donald Trump afirmou que há possibilidade de um “bom acordo” em uma reunião futura com o líder chinês Xi Jinping, porém sem garantias.

Enquanto isso, o presidente Lula embarcou nesta terça-feira (21) para a Indonésia e a Malásia, onde participará da cúpula da ASEAN. A possível reunião com Trump será o primeiro encontro presencial entre os dois desde a crise causada pela imposição de tarifas de 50% aplicadas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros em agosto.

A equipe de Lula informou que o encontro depende apenas do alinhamento das agendas dos presidentes. O Planalto considera a reunião um passo importante para reorganizar as relações entre Brasil e EUA, que passaram por um período de tensão. Entre os temas previstos para discussão estão a revogação das tarifas, medidas restritivas contra autoridades brasileiras e posturas dos Estados Unidos em relação à Venezuela e à Colômbia.

No ambiente corporativo, a Ambipar, empresa do setor ambiental, entrou com pedido de recuperação judicial na segunda-feira (20) no Rio de Janeiro devido à falta de caixa e ao risco iminente de pagamento de dívidas bilionárias. O pedido inclui empresas do grupo no Brasil e nos Estados Unidos, onde acionaram o Capítulo 11, equivalente à recuperação judicial americana.

A crise na Ambipar foi desencadeada por suspeitas de irregularidades em operações financeiras envolvendo swaps realizadas pela antiga diretoria, reveladas após a saída do ex-diretor financeiro João de Arruda. O episódio afetou a confiança dos credores, que passaram a exigir pagamentos antecipados, pressionando a situação financeira da empresa e causando queda nas ações.

Além disso, a crise impactou Certificados de Operações Estruturadas (COEs), com acionamento de cláusulas de vencimento antecipado, o que gerou incertezas entre investidores. A decisão da recuperação judicial ocorreu pouco depois de a Ambipar obter liminar suspensiva contra cobranças do Deutsche Bank relacionadas a um complemento de US$ 35 milhões, que poderia antecipar dívidas de até R$ 10 bilhões.

No mercado global, Wall Street registrou desempenho misto nesta terça-feira (21), com investidores focados na temporada de balanços corporativos. O índice Dow Jones subiu 0,05%, o S&P 500 avançou 0,06%, e o Nasdaq recuou 0,07%. Empresas como GM e Coca-Cola tiveram alta, enquanto Philip Morris e Northrop Grumman apresentaram quedas.

Na Europa, as bolsas fecharam em leve alta, impulsionadas principalmente pelo setor de defesa, após novo encontro tenso entre Trump e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. O índice pan-europeu STOXX 600 avançou 0,21%, com destaque para a valorização das bolsas em Paris, Frankfurt, Londres e Milão, enquanto Madri e Lisboa registraram queda.

No continente asiático, os mercados operaram em alta, com os índices de Xangai, CSI300, Hang Seng, Nikkei e Seul fechando em valorização. Os movimentos foram impulsionados por sinais de abrandamento nas tensões comerciais entre China e Estados Unidos e resultados corporativos positivos. No Japão, o iene desvalorizou após a eleição da conservadora Sanae Takaichi como primeira-ministra, primeira mulher a ocupar o cargo no país.

O comportamento do mercado financeiro nesta quarta reflete uma combinação de fatores internos e externos, incluindo as negociações orçamentárias brasileiras, o contexto político internacional, indicadores econômicos e a expectativa pelo encontro entre Lula e Trump na cúpula da ASEAN.

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Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

Written By
Caio Marcio

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