Dólar abre a semana com baixa diante de dados do boletim foc

O dólar inicia a semana com atenção às projeções do Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, e aos indicadores externos que influenciam o mercado financeiro. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, abre a sessão às 10h desta segunda-feira (20), monitorando dados econômicos nacionais e internacionais.
No cenário interno, o Boletim Focus indicou leve queda na mediana da inflação oficial projetada para 2025, de 4,72% para 4,70%, mantendo as estimativas para 2026 e 2027 estáveis em 4,28% e 3,90%, respectivamente. Os dados reforçam a continuidade da desaceleração da inflação no Brasil, em meio à análise dos investidores sobre as tendências para os próximos anos.
Nos Estados Unidos, as negociações para aprovação do orçamento federal permanecem travadas, elevando o risco de paralisação parcial do governo. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, alertou que os cortes já impactam setores-chave da economia, com perdas diárias estimadas em cerca de US$ 15 bilhões. O shutdown americano já dura 17 dias e afeta milhões de cidadãos, incluindo militares e beneficiários de programas sociais.
As ações dos bancos regionais americanos sofreram quedas significativas após as revelações de fraudes em empréstimos pela Western Alliance e Zions Bank, com perdas reportadas de até US$ 100 milhões. Apesar da reação negativa dos mercados, analistas consideram que o impacto financeiro é limitado, representando menos de 2% do capital desses bancos. Em paralelo, empresas como First Brands e Tricolor Holdings enfrentam dificuldades financeiras e entraram em processos de recuperação judicial.
Na China, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 4,8% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, alinhado às expectativas dos analistas. O ritmo reforça a percepção de estabilidade na economia chinesa, mesmo diante da desaceleração global observada nos últimos meses.
O mercado global reage às tensões comerciais entre Estados Unidos e China. Recentemente, o presidente americano Donald Trump afirmou que a tarifa de 100% sobre produtos chineses é insustentável, mas que foi imposta devido à postura chinesa nas negociações. O acordo entre Trump e o presidente chinês Xi Jinping está previsto para ser discutido nas próximas semanas. A missão chinesa na Organização Mundial do Comércio (OMC) denunciou o uso de políticas discriminatórias por parte dos EUA, apontando violações das regras comerciais internacionais.
Durante reunião em Washington, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e o secretário de Estado americano, Marco Rubio, decidiram estabelecer um canal direto de comunicação entre os dois países. A iniciativa visa fortalecer o comércio bilateral e discutir a revisão de tarifas e sanções impostas pelos EUA. As equipes técnicas já preparam uma primeira reunião virtual e planejam um encontro presencial entre os presidentes Lula e Trump para breve.
No âmbito das bolsas de valores, Wall Street registrou alta nos principais índices, refletindo a desaceleração das preocupações com a guerra comercial. O Dow Jones subiu 0,52%, o S&P 500 avançou 0,53% e o Nasdaq teve alta de 0,52%. Na Europa, os índices recuaram, influenciados pela situação na Ucrânia e negociações entre os presidentes dos EUA, Rússia e Ucrânia.
Na Ásia, as bolsas fecharam em queda, especialmente na China e em Hong Kong, onde os investidores mostraram cautela diante das incertezas comerciais e da realização de lucros em ações de tecnologia.
O dólar acumula queda de 1,78% na semana, com alta de 1,55% no mês e recuo de 12,54% no ano. O Ibovespa registra alta semanal de 1,87%, queda mensal de 2,00% e avanço anual de 19,15%.
Em resumo, o mercado financeiro abre a semana influenciado pelas expectativas do Boletim Focus, pela situação fiscal dos Estados Unidos e pelos indicadores econômicos da China. As negociações entre governos e as tensões comerciais continuam a ser fatores determinantes para o comportamento do dólar e das bolsas globais.
—
Palavras-chave relacionadas para SEO: dólar, Boletim Focus, inflação Brasil, orçamento EUA, shutdown governo, economia China, bolsas globais, negociações comerciais, bancos regionais EUA, Ibovespa, relações Brasil-EUA, guerra comercial, PIB China, sistema financeiro, mercado financeiro.
Fonte: g1.globo.com
Imagem: s2-g1.glbimg.com
Fonte: g1.globo.com