A China anunciou neste sábado (18) que concordou

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A China anunciou neste sábado (18) que concordou em iniciar uma nova rodada de negociações comerciais com os Estados Unidos “o mais rápido possível”, em meio a tentativas de evitar uma escalada nas disputas tarifárias entre as duas maiores economias do mundo. A decisão foi confirmada após uma videoconferência entre o vice-premiê chinês He Lifeng e o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent.

Durante a conversa, que segundo a agência estatal Xinhua incluiu “trocas francas, profundas e construtivas”, os representantes discutiram caminhos para reduzir as tensões comerciais. O anúncio chinês ocorre após declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, que na sexta-feira expressou que a tarifa de 100% sobre produtos chineses não é sustentável, mas que foi adotada em resposta à postura comercial da China.

Trump afirmou na entrevista à Fox Business Network que busca um acordo comercial justo com a China e que ainda não sabe o desfecho do conflito. O presidente americano também confirmou a intenção de se reunir com o presidente chinês Xi Jinping nas próximas duas semanas para tratar da questão, possivelmente durante um encontro na Coreia do Sul.

Na mesma sexta-feira, a missão da China na Organização Mundial do Comércio (OMC) criticou os Estados Unidos por enfraquecerem o sistema multilateral baseado em regras desde a posse do governo atual, em 2025. Pequim citou o uso frequente de políticas discriminatórias, tarifas retaliares e sanções unilaterais como violações aos compromissos da OMC.

A delegação chinesa informou ainda que o Ministério do Comércio divulgará um relatório avaliando o cumprimento das regras pelos EUA em 11 áreas e renovará apelos para que Washington respeite as normas da organização e coopere com demais membros no fortalecimento da governança econômica global.

As tensões entre China e Estados Unidos aumentaram nos últimos dias, após Trump criticar a decisão chinesa de restringir a exportação de elementos usados nas terras raras e decretar uma tarifa de 100% sobre produtos chineses a partir de 1º de novembro. O presidente americano também ameaçou suspender negócios com a China em produtos como óleo de cozinha, justificando as medidas como resposta à suspensão, por parte de Pequim, da compra de soja dos EUA em maio.

O Ministério do Comércio da China disse que os controles sobre terras raras são reação às medidas americanas iniciadas no último mês, destacando que tarifas elevadas não são a forma correta de resolver o impasse. O governo chinês afirmou que tomará medidas correspondentes para proteger seus interesses caso os EUA persistam em ações unilaterais.

No cenário comercial, exportadores chineses vêm redirecionando seus negócios para regiões como Europa, América Latina e Oriente Médio diante da elevação das tarifas americanas. Segundo a agência Reuters, empresas que dependiam do mercado americano buscam novos compradores para compensar perdas. Apesar da redução nas vendas aos EUA, as exportações totais da China cresceram 7,1% nos primeiros nove meses do ano.

Entretanto, empresários chineses destacam que o ambiente continua difícil, com maior concorrência, queda nos preços e vendas às vezes realizadas com prejuízo. A Feira de Cantão, maior evento comercial do mundo, apresenta menor presença de compradores americanos, enquanto países como o Brasil aumentam o interesse.

As ações em bolsas asiáticas tiveram seu pior desempenho semanal desde abril, refletindo o clima de cautela dos investidores diante das tensões comerciais e da venda de papéis de empresas ligadas à inteligência artificial. Os índices de Xangai, CSI300 e Hang Seng registraram quedas significativas na semana.

Analistas indicam que o mercado permanece volátil, com atenção voltada para a reunião do Partido Comunista Chinês prevista para la próxima semana, na qual será discutido o plano econômico do país. A expectativa é que as decisões tomadas nesse encontro possam influenciar as negociações e a postura comercial da China.

Com o diálogo reaberto entre as lideranças comerciais de Pequim e Washington, há um esforço para evitar uma escalada maior na guerra tarifária, mas o desfecho das negociações ainda é incerto. Ambos os países seguem monitorando a situação e buscando fórmulas para equilibrar interesses econômicos diante das divergências.

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Fonte: g1.globo.com

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Fonte: g1.globo.com

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