Os preços do petróleo chegaram ao menor nível desde maio nas últimas semanas em função do aumento da oferta global e de sinais de avanços em negociações de conflitos geopolíticos. A cotação do barril Brent, referência internacional, fechou nesta sexta-feira (17) em US$ 60,98, enquanto o West Texas Intermediate (WTI) caiu para US$ 57,35.
O recuo dos preços ocorre apesar de flutuações pontuais e reflete uma combinação de fatores que impactam a oferta e a demanda. Analistas destacam que o mercado começa a registrar um excedente de petróleo, o que pressiona as cotações para baixo.
Conflitos em regiões produtoras também influenciaram o mercado. A guerra entre Rússia e Ucrânia, assim como os recentes confrontos entre Israel e Hamas, afetaram os preços nos últimos meses, embora sem provocar grandes interrupções no abastecimento global. Recentes avanços rumo à paz nessas áreas, incluindo uma reunião entre os presidentes Donald Trump e Vladimir Putin, elevaram a expectativa de estabilidade, o que reduz o risco geopolítico para os investidores.
O possível retorno da Rússia ao mercado pode aumentar a oferta mundial, já que o país é um dos maiores produtores globais de petróleo. No Oriente Médio, o cessar-fogo firmado entre Israel e Hamas e a libertação de reféns diminuíram tensões na região. Isso alivia preocupações relativas a rotas estratégicas de transporte, como o Mar Vermelho e o Canal de Suez, essenciais para o escoamento do combustível.
Além das questões políticas, o comércio mundial também afeta os preços. A guerra tarifária entre Estados Unidos e China mantém incertezas no mercado. A imposição de tarifas elevadas por parte dos EUA e contramedidas da China resultam em uma conjuntura desfavorável para a demanda por petróleo, pressionando a cotação para baixo.
Especialistas consideram que, caso o preço do WTI continue abaixo dos US$ 60, poderá haver uma desaceleração na produção americana, especialmente no setor de petróleo de xisto, que depende de cotações mais altas para viabilizar novas perfurações.
Enquanto isso, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) mantém sua política de cortes na produção, medida que já fez os preços do petróleo registrarem altas temporárias. No entanto, a pressão da oferta global e o cenário geopolítico mais estável têm limitado uma recuperação mais consistente.
No Brasil, a indústria do petróleo segue em expansão, com recentes descobertas significativas da BP no litoral brasileiro. A infraestrutura logística também recebe atenção, como o planejamento do Aeroporto de Guarujá para apoiar o transporte de trabalhadores das plataformas da Petrobras.
Assim, os preços do petróleo refletem um equilíbrio delicado entre oferta crescente, riscos geopolíticos em redução e tensões comerciais globais que afetam a demanda. O mercado segue atento às evoluções desses fatores para definir o comportamento da commodity nos próximos meses.
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Fonte: g1.globo.com
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Fonte: g1.globo.com

