A OpenAI suspendeu a geração de vídeos com a imagem de Martin Luther King Jr. na plataforma Sora, após usuários criarem conteúdos desrespeitosos com a figura do ativista. A decisão foi anunciada na noite de quinta-feira (16) e atendida a um pedido da filha do líder dos direitos civis, Berenice A. King.
Sora é uma ferramenta de inteligência artificial que transforma comandos de texto em vídeos realistas. O serviço ganhou maior visibilidade após o lançamento, no fim de setembro, de um aplicativo para Android e iPhone, ainda não disponível no Brasil.
Alguns vídeos gerados com a imagem de Martin Luther King Jr. mostravam cenas ofensivas, como simulações do ativista fazendo sons de macaco durante seu discurso “Eu tenho um sonho” e participando de uma luta livre, segundo reportagem do jornal The Washington Post.
Berenice A. King, que representa o espólio do ativista, manifestou-se contra esses usos, reforçando a necessidade de respeitar a imagem pública e o legado do pai. A OpenAI afirmou que, apesar de valorizar a liberdade de expressão, reconhece que figuras públicas e suas famílias devem controlar como suas imagens são utilizadas.
No início do mês, Berenice também havia apoiado a filha do ator Robin Williams, que pediu para que fãs parassem de criar vídeos com a imagem do pai usando inteligência artificial. “Concordo com relação ao meu pai. Por favor, parem”, declarou a filha de King.
Além de Martin Luther King Jr., o Sora foi usado para criar vídeos com imagens de outras personalidades, como a cantora Whitney Houston e o ex-presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy, além de personagens sujeitos a direitos autorais, como Pokémon e Bob Esponja.
A OpenAI não detalhou se outras restrições para o uso de imagens em Sora serão implementadas, mas o episódio levanta debates sobre o controle ético no uso de ferramentas que geram conteúdo audiovisual por inteligência artificial.
A suspensão na geração de vídeos com a imagem de Martin Luther King Jr. mostra a preocupação da OpenAI em equilibrar avanços tecnológicos com respeito às figuras históricas e seus familiares. O caso também destaca a crescente vigilância sobre os usos indevidos da inteligência artificial em criações digitais.
A empresa segue aprimorando suas políticas para prevenir usos ofensivos e proteger direitos, enquanto a tecnologia que permite gerar vídeos realistas por meio de texto se expande e ganha novos públicos.
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Fonte: g1.globo.com
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Fonte: g1.globo.com

