O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, anunciou nesta quarta-feira (16), em Nova Délhi, a abertura das negociações para ampliar o Acordo de Preferências Tarifárias entre o Mercosul e a Índia, vigente desde 2009. O objetivo é reforçar os laços econômicos e expandir o número de produtos com tarifas reduzidas entre os dois blocos comerciais.

Alckmin e o ministro indiano do Comércio e Indústria, Piyush Goyal, formalizaram o entendimento em um comunicado conjunto após reunião bilateral na capital indiana. O processo de negociação tem prazo estimado de até um ano para ser concluído. A expectativa é que sejam incluídas novas linhas tarifárias e aprofundadas áreas de cooperação comercial.

Atualmente, o acordo cobre cerca de 450 linhas tarifárias. O vice-presidente afirmou que a intenção é ampliar significativamente esse número para aumentar a competitividade das vendas bilaterais. Segundo ele, o comércio entre Brasil e Índia apresentou crescimento, passando de US$ 12 bilhões em 2023 para uma previsão de US$ 15 bilhões em 2024.

Alckmin destacou ainda que a exportação da Índia para o Brasil cresceu mais de 30% e que o comércio pode alcançar US$ 20 bilhões rapidamente. Esse movimento reforça a importância da aproximação entre os dois países, que têm interesses alinhados em diversas áreas econômicas.

Além do início das negociações ampliadas, o vice-presidente anunciou a implementação do visto eletrônico para cidadãos indianos em negócios. O documento será emitido pela embaixada brasileira em Nova Délhi e pelo consulado em Mumbai, facilitando o intercâmbio comercial e cultural.

No setor de energia, o Brasil informou que a Petrobras assinou novos contratos para o fornecimento de 6 milhões de barris de petróleo à Índia. A estatal também recebeu autorização para explorar 18 blocos offshore nas bacias de Santos e Campos, com expectativas para início das operações em 2026.

Alckmin ressaltou ainda a intenção de avançar na cooperação em saúde pública. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, deve chegar a Nova Délhi nesta sexta-feira para negociar acordos relacionados à indústria farmacêutica e à produção de vacinas. Essa iniciativa visa ampliar as parcerias bilaterais no campo da saúde.

Dados do MDIC indicam que a corrente de comércio bilateral atingiu US$ 12,1 bilhões em 2024. O Brasil destaca-se nas exportações de açúcares, óleos vegetais e minerais, algodão e produtos hortícolas para a Índia, setores com potencial para expansão no acordo revisado.

O avanço nas negociações ocorre em meio a um cenário em que o Brasil busca diversificar suas parcerias comerciais e fortalecer a integração com mercados emergentes. A ampliação do acordo com a Índia é vista como estratégia para aumentar a competitividade do Mercosul e abrir novos espaços para o comércio internacional.

A expectativa é que, com a assinatura do novo acordo, os fluxos comerciais entre os dois países se intensifiquem e promovam maior crescimento econômico. A medida também contribui para o fortalecimento das relações diplomáticas e comerciais entre Brasil e Índia, marcando uma nova etapa na cooperação bilateral.

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Fonte: g1.globo.com


Fonte: g1.globo.com

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