Empresas dos Estados Unidos e da China intensificam

Empresas dos Estados Unidos e da China intensificam a competição pelo desenvolvimento de robôs humanoides capazes de realizar tarefas domésticas e profissionais, com o objetivo de substituir humanos em atividades manuais. A disputa se destaca em 2025, com projetos voltados para limpeza, organização e manipulação de objetos em residências e ambientes de trabalho.
Nos Estados Unidos, a empresa Figure lançou o robô Figure 03, eleito uma das melhores invenções do ano pela revista Time. O dispositivo realiza funções como dobrar roupas, colocar peças na máquina de lavar, limpar móveis e organizar objetos. O robô pesa 70 kg, mede 1,72 metro, tem velocidade máxima de 1,2 metro por segundo e suporta até 20 kg em carga. Entre suas inovações, estão suporte a comandos de voz e uma “memória” que permite lembrar a localização de objetos.
Brett Adcock, fundador e CEO da Figure, ressaltou à Time a importância de ser pioneiro no mercado de robôs humanoides. Segundo ele, quanto maior a frota fabricada, mais baixos são os custos de produção, e maior a coleta de dados para aprimorar os dispositivos. Isso cria um efeito de retroalimentação que dificulta a competição para concorrentes posteriores.
Na China, a Unitree lançou o modelo R1, disponível desde julho por cerca de US$ 5.900 (aproximadamente R$ 32 mil), valor inferior ao de outros robôs avançados, como o Unitree G1, que custa a partir de US$ 16 mil (cerca de R$ 87 mil). O R1 pesa 25 kg, possui 26 articulações, comandos por voz e capacidade de processamento de imagens, atraindo especialmente pesquisadores e desenvolvedores.
O Unitree G1 possui 43 articulações, mãos capazes de manipular objetos delicados, sensores e câmeras de profundidade. O robô integra inteligência artificial com microfones e alto-falante, além de bateria removível para uso contínuo.
Outra concorrente é a Tesla, que apresentou em 2022 o protótipo do robô humanoide Optimus. O dispositivo realiza movimentos simples, como dobrar roupas e carregar caixas, ainda que de forma lenta. O robô possui reconhecimento de objetos, movimentação braço a braço e responde a comandos básicos, mas continua em desenvolvimento.
A competição entre Estados Unidos e China pelo avanço dos robôs humanoides reflete o interesse em automatizar tarefas manuais para aumentar a eficiência em ambientes variados. Empresas buscam melhorar aspectos técnicos, reduzir custos e ampliar a produção para conquistar mercado.
Essa corrida tecnológica tem potencial para transformar rotinas domésticas e processos industriais, mas os dispositivos ainda enfrentam desafios para atingir níveis mais avançados de autonomia e rapidez. Os próximos anos devem indicar qual empresa liderará essa nova fronteira da robótica.
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Fonte: g1.globo.com
Imagem: s2-g1.glbimg.com
Fonte: g1.globo.com