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Quatro pessoas da mesma família foram internadas em estado grave em Patrocínio, no Alto Paranaíba (MG), após consumirem a planta tóxica Nicotiana glauca, conhecida como “falsa couve”, em 8 de outubro. A intoxicação ocorreu durante um almoço em uma chácara na zona rural, onde a planta foi confundida com couve e preparada como alimento.
Entre as vítimas estão uma mulher de 37 anos, três homens com idades entre 60 e 67 anos, além de uma criança de 2 anos que não consumiu a planta, mas permanece em observação. A mulher, que sofreu parada cardiorrespiratória, está em estado muito grave com lesão cerebral detectada por tomografia. Dois homens permanecem internados, um em coma induzido e o outro em recuperação estável, enquanto o homem de 67 anos recebeu alta no dia 9 de outubro.
Conforme o Corpo de Bombeiros, a família havia se mudado recentemente para a chácara e confundiu a Nicotiana glauca, uma planta comum em áreas rurais e às margens de estradas no Brasil, com a couve. A planta contém anabazina, um alcaloide que pode provocar paralisia muscular, respiratória e levar à morte. A toxicidade varia conforme o modo de preparo, com o cozimento podendo alterar a concentração da substância.
Especialistas alertam que não existe antídoto caseiro para a intoxicação pela “falsa couve” e recomendam atendimento médico imediato para reduzir os riscos de complicações graves. A professora Amanda Danuello, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), destaca que a planta tem folhas mais finas, textura aveludada e coloração verde-acinzentada, características que a diferenciam da couve verdadeira, cujas folhas são mais grossas e nervuradas.
A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar as circunstâncias do caso, que é tratado como envenenamento acidental. As investigações apontam que a planta foi recolhida próxima à despensa da residência, no ambiente da cozinha, e confundida com couve pela família. Três das quatro vítimas seguem internadas na Santa Casa de Patrocínio.
O caso evidencia os riscos do consumo de plantas não identificadas corretamente, especialmente em áreas rurais onde a presença de espécies tóxicas é comum. A identificação correta e o cuidado no preparo são fundamentais para evitar intoxicações.
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Fonte: g1.globo.com
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